Nos últimos anos, de acordo com dados da Associação Brasileira de Incorporadores Imobiliários (Abrainc), a porcentagem de imóveis comercializados no país superou a marca de 12% em relação ao ano de 2021, e no Espírito Santo o cenário não é diferente.
Para Alexandre Schubert, vice-presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), o Estado conta com expectativas positivas entre os profissionais da área.
“O mercado comprador tem reagido de forma esperada e com a demanda equilibrada. Os empreendedores também demonstram confiança progressiva, atestada por novos planos de lançamento que devem ocorrer em parte ainda neste ano e, com mais intensidade, em 2024”, explica.
Schubert afirma que o Norte e o Sul do Estado vêm se destacando com empreendimentos dos mais variados nichos. “Novos projetos estão em construção, novos planos estão em estudo, e avaliamos como muito promissor o ambiente nas regiões Norte e Sul. Mesmo fora do eixo da Região Metropolitana, temos surpresas estimulantes com a reação do mercado”, diz.
Ele explica ainda que não existem diferenças na demanda por imóveis no Norte em comparação com a do Sul do Estado, uma vez que o cenário se mostra uniforme.
“Cerca de 60% das demandas se concentram em produtos econômicos. Os demais segmentos se dividem em parcelas de consumidores que estão requalificando sua atual moradia, e em outra parcela de consumidores já aptos às unidades mais sofisticadas”, reflete.
Ele ainda ressalta que uma parcela de compradores busca por terrenos. “Seja destinado à construção para moradia, seja uma segunda residência. Nesta última, a Região Sul se apresenta como ótima alternativa para novos empreendimentos situados no extenso e belo litoral que ambienta aquela área”, aponta.
Luiz Carlos Tófano, membro do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-ES) com atuação no Sul do Espírito Santo, afirma que o avanço tem sido qualitativo nas localidades da região.
“O comprador está preocupado com a qualidade de vida. Tem que contar com itens que ele possa desfrutar com sua família, e os empreendedores têm observado muito bem isso. Quando falamos do Sul do Espírito Santo, Marataízes, Itapemirim e Presidente Kennedy se destacam como fortes polos para o crescimento imobiliário”, relata.
O Norte do Estado está em plena expansão com a criação de novos bairros por meio de loteamentos em praticamente todas as grandes cidades da região. É o que afirma Ramiro Helmer, representante da Ademi-ES.
“No Norte, a busca por imóveis residenciais de todas as tipologias é a maior demanda atual, seguida pela demanda por imóveis comerciais nos centros de consumo. E não ficam por último as áreas de expansão industrial e galpões logísticos”, aponta.
De acordo com Helmer, o agronegócio tem sido um importante aliado para a expansão dos projetos imobiliários nas cidades do Norte capixaba.
“Além do agro, a instalação e o início de operação de grandes indústrias nos últimos anos têm movimentado fortemente o mercado imobiliário. Linhares, Aracruz e São Mateus são as principais cidades do Norte com expressivo crescimento imobiliário, mas Nova Venécia, Jaguaré e Pedro Canário também apontaram um avanço considerável”, pondera.
Algumas dessas cidades já vêm tendo um bom crescimento há anos, muito por conta de sua localização geográfica que favorece a logística através de rodovias, ferrovias e portos e, mais recentemente, com o novo Aeroporto de Linhares, por exemplo. Outro atrativo importante para o Norte do Espírito Santo é estar inserido na região da Sudene, que gera uma série de benefícios fiscais para o crescimento industrial de toda a região.
Para o vice-presidente da Ademi-ES, Alexandre Schubert, tanto no Norte quanto no Sul do Espírito Santo, os consumidores estão mais seletivos na definição do próximo imóvel e, com isso, os empreendedores também vêm desenvolvendo projetos mais completos em termos de tecnologia embarcada e inteligência de uso.
“A demanda habitacional nas cidades que compõem as regiões é crescente, a dinâmica econômica é promissora, portanto, existe um espaço muito interessante a ser explorado.”
Em se tratando das regiões Norte e Sul, uma dinâmica equilibrada de crescimento é projetada com a requalificação das moradias, impulsionando uma valorização imobiliária significativa.
“Uma observação relevante é que existe uma significativa demanda por terrenos. Parcela importante dos consumidores está buscando a oportunidade de adquirir um lote para construir ao seu tempo e à sua medida”, explica.
No Sul, Luiz Carlos Tófano, membro do Creci-ES, sinaliza que loteamentos comerciais e residenciais têm sido lançados com sucesso de vendas. Além disso, obras que visam ao crescimento da economia capixaba também se tornam atrativas para o público comprador.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta