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Espírito Santo precisa de mais 500 mil m² de galpões até 2024

Espírito Santo precisa de mais 500 mil m² de galpões até 2024

Crescimento da área tem demandado cada vez mais espaços para que empresas instalem seus centro de distribuição, tanto na Grande Vitória quanto fora dela

Publicado em 20 de setembro de 2022 às 13:36- Atualizado há 2 anos

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Espírito Santo precisa de mais 500 mil m² de galpões até 2024
Atualmente, cerca de de 2% dos galpões logísticos estão disponíveis no Estado. (Freepik)

O e-commerce trouxe a necessidade de criação de mais galpões logísticos para fazer a distribuição dos produtos, criando, assim, um nicho em franca expansão dentro do mercado imobiliário. Dados da corretora SDS Properties, divulgados para a Associação Brasileira de Logística (Abralog), mostram que o mercado nacional de galpões e condomínios logísticos aumentou cerca de 60% somente no segundo trimestre deste ano, com relação ao mesmo período do ano passado.

Impulsionado também pela pandemia, principalmente nos períodos de isolamento social, quando o e-commerce deu um salto de expansão, o setor alcançou o maior patamar de absorção líquida, com 962 mil m² de abril a junho, em todo o país. E no Espírito Santo o cenário não é muito diferente.

Segundo o CEO da TX Negócios, Sandro Márcio Viturini, o Estado tem hoje cerca de 1 milhão de metros quadrados construídos de equipamentos de quarta geração de galpões logísticos. 

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Há mais 200 mil m² em construção de galpões logísticos no Espírito Santo, mas o Estado vai precisar, no mínimo, de mais 500 mil m² para os próximos dois anos. Os equipamentos estão todos locados e não há vacância nenhuma atualmente

Sandro Márcio Viturini
CEO da TX Negócios
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Os estoques estão no limite, afirma o vice-presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Alexandre Schubert. “Atualmente estão disponíveis cerca de 2% dos galpões logísticos no Estado, ou seja, isso demanda um senso de urgência, pois precisamos colocar mais galpões nos próximos dois anos”, diz.

Outra área que também já está demandando e se encontra em pleno crescimento, é a da logística reversa, que pede outros equipamentos separados, já que o funcionamento é diferente. De acordo com Viturini, este nicho já cresceu, nos últimos seis meses, 9% e a expectativa de crescimento, até meados do ano que vem, é da ordem de 25% a 30%. “Significa ter de 25% a 30% a mais de armazéns nesse perfil, nesse período, porque a logística reversa não se mistura com a comum”, observa.

CONDIÇÕES FAVORÁVEIS

O crescimento desse setor dentro do Estado tem se dado por condições favoráveis que o Espírito Santo oferece. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Espírito Santo (Sinduscon-ES), Douglas Vaz, a atividade portuária do Estado e o fato de estarmos em uma região central, facilita a distribuição; mais os incentivos fiscais, que tornam atraente a fixação de empresas especializadas e de centros de distribuição.

“Serra e Cariacica são dois municípios já consolidados e Vila Velha começa a despontar no mercado de galpões logísticos também. Um dos motivos é a movimentação no Porto de Vitória e no TVV, que poderá sair direto pela ES-388, que está sendo pavimentada e ligada à BR-101. A região de Terra Vermelha deve ser um ponto que receberá galpões logísticos por conta da sua proximidade com essas vias”, diz.

Ele acrescenta ainda que a região oferece diferenciais, como ter um metro quadrado ainda mais em conta, o que possibilitará a instalação desses galpões com custo menor. Além de proporcionar desenvolvimento, já que é possível qualificar e treinar mão de obra local para trabalhar nessas novas empresas.

Além de galpões logísticos, os três fatores elencados também têm atraído plantas industriais para o Estado. De acordo com Alexandre Schubert, o crescimento vai se espalhar pelo Espírito Santo.

“O Norte tem atraído indústrias. Já a Grande Vitória deve absorver muita coisa relacionada à logística, em torno de 50% a 60% dessa área bruta locável (ABL). O setor está muito aquecido e o poder público precisa trabalhar na racionalidade para a simplificação de processos para a liberação desses projetos”, complementa.

EVOLUÇÃO DOS EQUIPAMENTOS LOGÍSTICOS

Espírito Santo precisa de mais 500 mil m² de galpões até 2024
Equipamento para logística reversa devem ser diferentes da logística comum. (Freepik)

  • Durante o período de isolamento social, o crescimento do e-commerce alavancou também novas necessidades de equipamentos logísticos, que passaram de galpões de 100 mil a 200 mil metros quadrados, para galpões menores, mais próximos dos grandes centros, que possibilitem a entrega até no mesmo dia.
  • A exigência dos consumidores, que queriam seus produtos cada vez mais rápido, foi o que pautou essas mudanças. Isso fez com que esses grandes galpões dessem um salto para áreas menores, de 25 mil m² a 40 mil m², dentro das capitais até chegar em aparelhos ainda menores, com cerca de 5 mil m², espalhados em regiões que possibilitem a entrega mais rápida possível.
  • Há ainda a logística reversa, que é uma continuidade desse movimento. A ideia é que a pessoa receba, em sua casa, uma série de itens para experimentar e devolver os que não forem ficar com ela. Essa devolução é chamada de logística reversa. E os equipamentos desta devem ser diferentes da logística comum.

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