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Indústria da construção vê cenário animador com crescimento do Minha Casa, Minha Vida

Indústria da construção vê cenário animador com crescimento do Minha Casa, Minha Vida

Após as novas regras do programa, lançamentos voltaram a crescer, principalmente a partir de setembro; expectativa é de crescimento na participação das vendas

Publicado em 28 de novembro de 2023 às 14:11- Atualizado há um ano

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Mercado tem mostrado equilíbrio entre vendas e lançamentos em 2023. (Shutterstock)

O Minha Casa, Minha Vida (MCMV) volta a estar em evidência, principalmente após as novas regras do programa, em vigor desde julho, que também teve uma retomada da faixa 1 (que contempla famílias com renda até R$ 2.640).

Segundo o estudo Indicadores Imobiliários Nacionais, divulgado nesta segunda-feira (27) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o programa registrou um avanço no terceiro trimestre de 35,8% de lançamentos a mais do que nos três meses anteriores.

Ao todo, foram 29.657 unidades lançadas pelo programa, representando 46% das unidades lançadas no terceiro trimestre e 36% das vendas no período. Comparativamente com o trimestre anterior, o programa foi responsável por 31% das novas unidades e 23% das vendas.

29.657 unidades
FORAM LANÇADAS PELO PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA EM 2023

Segundo o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, a maioria desses lançamentos aconteceu a partir de setembro, uma vez que as mudanças do programa se deram em julho. “O MCMV cresceu significativamente, principalmente em setembro e esse crescimento deve continuar no quarto trimestre deste ano e início dos três primeiros meses de 2024”, analisa.

A expectativa é de que a participação nas vendas cresça também nesse período, o que significa que o programa passa por uma fase de equilíbrio, após a adequação dos tetos, descontos e subsídios. Com relação à oferta final, o MCMV teve uma queda de 17%, com 75.990 unidades de estoque, representando 28% da oferta total do país.

Preços e lançamentos

Fábio Tadeu Araújo, sócio-diretor da Brain Inteligência Estratégica, destacou o aumento de 3,9% no valor dos imóveis no período, acima do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Para ele, dois fatores foram responsáveis por isso: “a recomposição de preços, com aumento acima da inflação. E A mudança de tipo de produto lançado, com mais opções de médio e alto padrão, ajudando o preço médio a subir”, avalia.

O presidente da CBIC, Renato Correia destacou que desde o final de 2020, com o aumento dos insumos da construção, o INCC se manteve acima do preço e a inversão da curva reforça a sustentabilidade do mercado.

“Por um longo período ficamos pressionados pelo custo e agora o mercado está em um patamar um pouco mais amigável. Este fato demonstra saúde e capacidade para responder à demanda”, explica.

Com relação às vendas e lançamentos, a expectativa é de um 4º trimestre ainda melhor, segundo o economista-chefe do Secovi-SP.

Aspas de citação

O mercado vem respondendo bem para imóveis lançados e estoque. Temos um equilíbrio de mercado com relação às vendas e aos lançamentos. Houve um recuo na quantidade de lançamentos de 304 mil para 272 mil unidades em 12 meses. Ou seja, os lançamentos reduziram, mas as vendas continuaram.

Celso Petrucci
economista-chefe do Secovi-SP
Aspas de citação

Para ele, o mercado está bastante “aderente” à oferta e à produção. “O mercado está muito maduro, quando falamos de oferta e seus produtos. As vendas estão aderentes, saudáveis e o preço, sustentável. desde 2020 o mercado tem respondido às necessidades habitacionais do país e à continuidade dos negócios dos incorporadores”, comenta.

E para 2024 a previsão é de continuidade desse crescimento. Segundo o presidente da CBIC a expectativa é de que seja um ano ainda melhor. “Este ano também será ainda melhor, o 4º trimestre, pois 2023, tende a ser o melhor ano de vendas”, complementa.

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