Divulgada nesta quinta-feira (10) a pesquisa de perfil de demanda de imóveis FiepZap trouxe as perspectivas de compra durante o terceiro trimestre deste ano. Uma das principais características é que a maioria que comprou imóvel nesse período fechou negócio com unidades usadas (71%).
Outra característica é que 60% declarou adquirir para moradia e 40% para investimento. Anteriormente, esses números estavam em 55% para morar e 45% para investir. Já para quem adquiriu uma unidade imobiliária, 72% disse que irá morar com alguém. E para os investidores, o aluguel é a principal opção para geração de renda: 67%.
Para o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Eduardo Fontes, os números trazem algumas constatações interessantes. Primeiro, sobre o mercado de usados, que por ser muito maior do que o de lançamentos, justifica esse percentual de 71% dos compradores.
“É um mercado muito, mas muito maior que o de lançamentos, já que estes são produtos novos para novos entrantes ou para quem está em busca de um upgrade”, observa.
A destinação do uso para os imóveis adquiridos também foi um ponto que chamou a atenção, já que o percentual de 40% de unidades adquiridas para investimento é bastante alto, principalmente no momento atual.
“Isso mostra que o imóvel, em tempos de incertezas políticas e econômicas, é um ativo que dá mais segurança. Mesmo com a queda de um trimestre para o outro, o que pode mostrar também que houve um certo recolhimento do consumo em períodos pré-eleitorais”, avalia.
Na intenção de compra, houve um leve aumento de 3% do segundo trimestre para o terceiro: de 42% para 45% dos interessados em comprar um imóvel no futuro próximo. Desse percentual, 51% declarou não ter preferência entre usados ou novos e 36% disse preferir comprar imóveis de terceiros. A moradia também continua sendo a principal motivação (88%), seguida de investimento (12%).
Já o percentual de descontos nas transações de compra teve um leve aumento em relação ao período anterior, saindo de 9% em junho para 12% em setembro. Nas transações realizadas nos últimos 12 meses, houve uma incidência de 64% de descontos nas transações, equivalente à média histórica registrada na pesquisa Raio-X Fipezap.
Por outro lado, a percepção dos compradores que classificaram os valores dos imóveis como “altos ou muito altos” caiu de 74% no primeiro trimestre para 70% nos três últimos meses, sendo o maior percentual registrado desde o ano de 2015. Já quem respondeu que os preços atuais estão como “razoáveis” permaneceu no mesmo patamar: 19%. E quem considera os valores “baixos ou muito baixos” recuou de 4% para 2%.
Com relação à expectativa de preços, a quantidade de pessoas que esperava um aumento nominal nos valores dos imóveis caiu de 46% para 37% quando comparado com o mesmo período do ano passado.
A pesquisa também mostrou que 11% das pessoas adquiriram um imóvel nos últimos três meses, caindo um ponto percentual com relação ao segundo trimestre de 2022. Quando comparado ao mesmo período do ano passado, a queda foi um pouco maior, já que o percentual do terceiro trimestre de 2021 foi de 14%.
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