O mercado imobiliário do Espírito Santo passa por um período de equilíbrio, com lançamentos e entrega de empreendimentos praticamente se igualando nos últimos três anos e também com um índice de unidades vendidas próximo a 70%. Os dados foram divulgados na última sexta-feira (18) durante apresentação do 41ª Censo Imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES).
Com uma VSO de 69,9% das 13.338 unidades residenciais em produção, o mercado tem demonstrado um índice saudável de vendas conforme informa o diretor de Economia e Estatística do Sinduscon-ES, Eduardo Borges. Ele apenas atenta que esse indicador tende a reduzir em períodos com uma quantidade maior de lançamentos.
Sobre os lançamentos, o mercado vem demonstrando um equilíbrio nos últimos três anos, com uma quantidade de unidades em construção que se mantêm na faixa dos 13 mil a 14 mil semestralmente. Isso não quer dizer que são lançados, anualmente, essa quantidade de unidades e sim que as que vão sendo entregues a cada ano, são “substituídas” com novos lançamentos.
Atualmente, segundo o Censo Imobiliário, há 13.448 unidades em construção, sendo 13.338 residenciais e 110 comerciais. Com relação às entregas, foram concluídos 18 empreendimentos na Grande Vitória, totalizando 2.019 unidades residenciais e comerciais.
Com relação a lançamentos, foram registrados, no primeiro semestre de 2023 (tempo analisado pela pesquisa), 19 empreendimentos residenciais, sendo nove em Vila Velha, oito em Vitória e dois na Serra. Ao todo são 1.441 unidades residenciais e 38 comerciais.
Em Vila Velha, foram lançadas 679 unidades residenciais, em Vitória foram 486 e na Serra, 276. Cariacica e Viana não receberam lançamentos neste primeiro semestre de 2023. Quanto aos imóveis comerciais, o censo registra 38 unidades, sendo 29 em Vitória e nove em Vila Velha.
Das 13.448 unidades em produção, Vila Velha segue sendo o canteiro de obras da Grande Vitória: o município concentra 50,2% do total, seguido por Serra com 26,5%, Vitória com 18,4% e Cariacica com 4,9%. Por outro lado, a Capital desponta como cidade que abriga projetos de alto padrão (63,3% do total) e a Serra tem 57,2% dos empreendimentos econômicos, enquanto Vila Velha tem 45,8%.
A tipologia com maior número de unidades em construção é a de dois quartos. São 8.613 apartamentos, seguido pelos de três quartos com 2.869 apartamentos.
Por ter sido uma análise feita no período anterior às novas regras e reformulação do Minha Casa Minha Vida (MCMV), segundo Borges, ainda é cedo para falar qual o impacto que essa nova versão do programa terá junto ao mercado imobiliário.
“Depois da reformulação do novo MCMV, pode ser que aqueça um pouco o mercado e as empresas passem a viabilizar mais projetos no segmento econômico. Mas essa faixa do mercado é muito sensível às variações da economia, portanto, se as pessoas ficam desempregadas, por exemplo, elas podem deixar de comprar um imóvel”, analisa.
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