A valorização crescente de Vila Velha tem colocado o município na ponta do mercado imobiliário. Com um acúmulo de 25,73% na variação anual, a cidade vem registrando alta constante no valor do metro quadrado, que ainda tem espaço para crescer, segundo afirmam especialistas do setor.
Para o diretor comercial da Grand Construtora, Gustavo Rezende, esse novo posicionamento de valores tem colocado Vila Velha como uma cidade importante no mercado imobiliário. “Isso tem atraído pessoas de outros Estados para o município, que têm demandado uma estrutura diferenciada nos empreendimentos”, observa.
Segundo Rezende, alguns empreendimentos do município, inclusive, têm se posicionado no segmento de luxo, impulsionando os valores da região onde estão localizados, e consequentemente, do preço médio do metro quadrado. “Não há mais como o valor do metro quadrado se posicionar como era há três anos. A cidade sempre teve uma das melhores infraestrutura no Estado, mas era uma das mais baratas para adquirir um imóvel”, diz.
Outro fator que impulsionou a valorização do município foi a mudança estrutural do mercado, aponta o diretor de Real Estate da Apex Partners, Marcelo Murad. “O mercado deixa de precificar os imóveis a preço de custo - condomínio fechado - e passa a lidar com valores com base no mercado, que é o perfil de incorporação. Isso estabelece um novo parâmetro de preços”, explica.
E com a chegada cada vez maior de lançamentos de alto padrão e luxo com base nos preços de incorporação, isso começa a mudar o cenário, impulsionando para cima o valor médio do metro quadrado no município, que hoje está em R$ 7.173, segundo o FipeZap de outubro. A título de comparação, em Vitória, segunda capital mais valorizada no país, o valor médio é de R$ 9.794.
Dados do 39º Censo Imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon-ES), mostram o valor médio do metro quadrado de unidades novas no município: 1 quarto, R$ 7.353; 2 quartos, R$ 8.115; 3 dormitórios, R$ 9.331 e 4 quartos R$ 13.256.
“Tenho percebido esse movimento da transição de tipo de lançamento há cerca de dois anos. Vila Velha é hoje o maior mercado imobiliário do Espírito Santo e os empreendimentos de alto padrão começam a ficar mais parecidos com os de Vitória”, diz.
A qualidade de vida tem sido um dos principais atrativos que a cidade oferece: além do aspecto natural, como as praias, ainda tem toda uma rede de serviços, incluindo a proximidade com regiões de interesse, como as montanhas capixabas, Guarapari e também Vitória, a capital.
“Principalmente os atributos naturais, pautados pela beleza e balneabilidade das praias, geografia plana e clima, infraestrutura com comércio, indústrias e serviços, além da localização estratégica e privilegiada, uma vez que a cidade está situada na parte central do mapa do Espírito Santo. Cabe também destacar que Vila Velha está entre os 100 municípios brasileiros com as melhores economias do Brasil”, observa o diretor de vendas da Argo, Emerson Lima.
Para ele, esses fatores fazem com que o município seja uma opção para morar e investir em imóveis. “Ainda há espaço para ganhos neste mercado, pois a demanda por novos empreendimentos tem sido grande. As pessoas entenderam os benefícios de se morar em um município à beira-mar e que oferece tanta qualidade de vida”, diz.
A diretora da Kemp, Rubia Zanelato, ainda destaca espaços para crescimento de forma ordenada, com terrenos próximos ao mar. “Vila Velha possui ótimos espaços para grandes lançamentos e alto potencial para maior valorização. Tem uma expressiva quantidade de unidades em lançamento e em construção e possui ainda a possibilidade de criar até bairros planejados. A cidade de Vila Velha vem investindo em tecnologia e possui mais facilidade para investimentos, como a desburocratização para atrair empreendimentos imobiliários”, conta.
Os novos acessos também têm sido um dos diferenciais do município, segundo o presidente da Galwan, José Luís Galvêas Loureiro. Rodovias estaduais, como a ES-388, que está sendo construída paralela à Leste Oeste, ligando a Barra do Jucu à BR-101; a Leste-Oeste, que liga Campo Grande, em Cariacica, à Rodovia Darly Santos, chegando à região do Jockey de Itaparica, onde Galvêas afirma ser o futuro do município.
“A tendência é um crescimento até perto do pedágio da Rodovia do Sol, com muitos condomínios de lotes. A expectativa é de que a mobilidade e uma melhor infraestrutura façam surgir empreendimentos mais nobres perto do mar. Outro fator para o crescimento e a valorização de Vila Velha é que a cidade teve o PDM sustado pela Justiça por quase três anos, o que fez com que as construções fossem retardadas e aumentasse o déficit habitacional. Como a reposição do estoque é lenta, os imóveis, de uma maneira geral, se valorizaram”, afirma.
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