Nos últimos anos, o mercado imobiliário e da construção civil têm sido revolucionado pela crescente influência das startups e inovações tecnológicas.
Essas mudanças geram um impacto significativo no setor, desde a concepção de projetos até a entrega das chaves aos compradores, tornando a indústria mais eficiente, sustentável e acessível.
Dados do 7º Mapa de Construtechs e Proptechs mostram que o setor abriga 1.068 startups ativas em todo o Brasil, um aumento de 11,4% em relação às 955 empresas mapeadas em maio de 2022. Já no Espírito Santo, o hub Base27, conta com mais de 110 startups conectadas diretamente ao hub, sendo que 10% tratam especificamente do mercado imobiliário e construção civil.
De acordo com com a head de Inovação do hub, Pollyana Rosa, o número — ainda que pequeno — é expressivo e os investimentos para novas soluções na área devem continuar
“Nós temos apenas sete startups destes segmentos no Estado, é um número razoável. Mas não estamos satisfeitos. Queremos incentivar o aumento deste número e por isso, promovemos este ano um ciclo de pré-aceleração voltado para qualificar startups destes segmentos e já temos outro planejado para o ano que vem”, conta
Cada vez mais os olhares estão voltados para este segmento. Por isso, a tecnologia tem sido uma aliada e uma ponte segura entre empresas tradicionais e startups que trazem novas soluções para o segmento do mercado imobiliário, principalmente relacionado à construção civil.
Uma das principais funções das startups é criar ferramentas para empoderar profissionais, para que eles possam potencializar sua criatividade e otimizar seu tempo.
Já na construção civil, a digitalização de processos tem ganhado cada vez mais espaço, embora um dos principais desafios ainda seja promover soluções tecnológicas que reduzam o esforço humano e minimizem os riscos aos trabalhadores, dentro dos canteiros de obra.
Segundo Cesar Mocelin, CEO da Mocelin Engenharia e da Ampla Vista Construtora, as startups surgem com um propósito de auxiliar e somar no quesito profissional. E foi pensando nisso que ele inseriu o modelo em suas empresas.
“Evoluir o bem-estar na casa dos nossos clientes é o nosso propósito. A qualidade do nosso lar está diretamente ligada à saúde, bem-estar, felicidade e performance. Entregamos isso por meio de imóveis de alta qualidade, cada vez agregando mais tecnologia”, conta Cesar.
Segundo ele, à medida que as startups continuam a inovar e a tecnologia continua a evoluir, podemos esperar que o mercado imobiliário e da construção civil se transformem ainda mais nos próximos anos.
Essas mudanças não apenas melhorarão a eficiência e a sustentabilidade do setor, mas também oferecerão aos consumidores novas oportunidades e experiências no mercado imobiliário. Assim, vivemos uma transformação para uma indústria que, por muito tempo, se manteve tradicional.
Acreditando no potencial da junção entre a tecnologia e o setor da construção civil, Hiatha Anderson de Assis criou o Startup Weekend Vitória 2023. O evento, anual, tem como foco a educação, a criatividade e a colaboração. Com três dias de duração, seu foco está na capacidade de as pessoas desenvolverem e apresentarem novas ideias para startups.
São 54 horas de duração de um evento que trabalha com pitchs, criação de modelo de negócios, prototipagem, design e validação de mercado, em um ambiente de equipe. O foco é a vertical “Construtech”, que está sendo implementada pela primeira vez no Espírito Santo.
“A nossa missão é ensinar e promover o empreendedorismo. Construir, fortalecer e capacitar comunidades através da aprendizagem experiencial. Nós acreditamos que as pessoas envolvidas serão as que resolverão os verdadeiros desafios que o mercado da construção civil enfrenta”, ressalta o CEO.
O Espírito Santo possui um Fundo Soberano voltado para apoiar startups e todo o mercado de inovação capixaba? O investimento visa criar condições excepcionais para o desenvolvimento de negócios, através de participações em empreendimentos consistentes, estratégicos e inovadores.
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