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Tendência de verticalização ganha força no mercado imobiliário de Linhares

Tendência de verticalização ganha força no mercado imobiliário de Linhares

Valorização de terrenos e busca por moradia em áreas centrais, com lazer e comodidades, amplia demanda por apartamentos na cidade

Publicado em 17 de maio de 2024 às 15:55- Atualizado há 2 meses

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Splendore, Exímia
O edifício Splendore, no Centro de Linhares, tem apartamentos de 3 quartos. (Exímia/Divulgação)
Vinícius Viana
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Historicamente, o mercado imobiliário de Linhares teve como principal oferta empreendimentos horizontais, seja pela topografia plana, seja pelo público que, culturalmente, priorizou lotes e casas. Entretanto, com o aumento do valor do metro quadrado, novas demandas têm se popularizado no município.

Os sócios diretores da Exímia Negócios Imobiliários, Magda Giuberti e Edney Maia, explicam que o município já começa a observar uma migração parcial para imóveis verticalizados.

“Essa movimentação tem acontecido devido ao crescimento de Linhares. Em especial, com a abertura de novas empresas e indústrias, atraídas pela logística e matriz energética, por meio do gás natural e de incentivos fiscais no município. Além, é claro, da forte presença do agronegócio”, destaca Magda.

Edney Maia ainda pontua que o mercado é promissor “com muitas oportunidades, sendo a maioria delas ligadas à localização estratégica e à tendência de valorização.”

Atenta a essa movimentação, a Exímia expandiu suas atividades para a incorporação, lançando o Edifício Splendore, que está em fase final de obras. Localizado no Centro de Linhares, o residencial tem unidades de três quartos, infraestrutura para automação e flexibilidade para personalização interna, além de uma série de outras comodidades.

Regiões em destaque

Downtown Linhares, Casamorada
O Downtown está localizado no Centro, tem 4 suítes e até 5 vagas de garagem por unidade. (Casamorada/Divulgação)

Regiões como o Centro da cidade e Três Barras já despontam como espaços de ofertas de prédios. Um exemplo é o residencial New 3 Barras, da Cobra Engenharia, localizado no bairro de mesmo nome, com apartamentos de dois quartos e área de lazer, incluindo piscina, espaço kids, academia, coworking, churrasqueira, entre outros.

Na mesma região, o Três Barras Residencial Clube, da Monopoly Construtora, possui unidades de dois e três quartos, próximo a comércios, bares, escolas e outros serviços, além de lazer com piscina e outros atrativos.

Essa virada de chave é uma movimentação do mercado devido ao aumento no valor dos terrenos, inaugurando uma nova fase para o município, como afirma o sócio-proprietário da Helmer Imobiliária e diretor regional da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Ramiro Helmer.

“Provavelmente, essa vertente vai ser a nova realidade do nosso mercado. Mas ainda não temos muitos produtos, são poucos que já têm se dedicado a atender essa a demanda de verticalização”, destaca.

Três Barras residencial Clube, Monopoly Construtora
Três Barras Residencial Clube fica no bairro de mesmo nome. (Monopoly Construtora/Divulgação)

Procura por casas

A principal demanda do mercado de Linhares hoje, segundo as sócias-proprietárias da Prisma Imóveis, Estefani Lopes Andrade e Ingrid Lopes Favero, concentra-se nos apartamentos e casas de dois quartos.

“O município é impulsionado por diversos fatores econômicos, e o mercado imobiliário tem contribuído com destaque na alavancagem do crescimento e da economia local. A chegada de novas empresas e o crescimento econômico de negócios do próprio município, destacando-se pela inovação e tecnologia, criam um cenário promissor de amplo desenvolvimento”, ressalta Estefani Lopes.

Ingrid Lopes acrescenta que o aumento da demanda de verticalização tem acontecido também em busca de “um lazer com menor custo, qualidade de vida, comodidade, localização e segurança.”

O diretor da Lincoln Imóveis, Lincoln Magalhães, concorda que a busca por condomínios horizontais sempre fez parte da cultura linharense. Entretanto, hoje, ele já consegue observar uma aceitação mais positiva do público para apartamentos.

“As pessoas gostam de morar bem e perto do centro da cidade. Então, verticaliza-se, justamente, para trazer esse conforto em estar perto do comércio, dos serviços. Mas quando mudamos para bairros que têm disponibilidade de lotes, a população segue preferindo morar em casas”, avalia.

O sócio-diretor da Casamorada Engenharia, Rodrigo Gomes Carvalho, que, recentemente, lançou o edifício Downtown, em Linhares, explica que a construção vertical, por uma série de fatores, mostra-se como um modelo mais eficiente.

“O Downtown é um empreendimento que veio para ser um divisor de águas na cidade. São quatro suítes, apartamentos com até cinco vagas de garagem, itens de lazer e unidades com automatização para luzes, som e televisão. A localização é privilegiada no Centro de Linhares e a fachada é imponente com materiais modernos e de alto desempenho”, destaca.

New 3 Barras, Cobra Engenharia
New 3 Barras tem apartamentos de 2 quartos e área de lazer. (Cobra Entenharia/Divulgação)

Ainda de acordo com Rodrigo Gomes Carvalho, com o aeroporto e os outros investimentos para a região, as expectativas para 2024 estão positivas. “O setor está confiante. Há uma enorme demanda por habitação em todo o Brasil, mas, principalmente, para aquelas cidades que podem crescer além da média”, finaliza Carvalho.

Conceito de cidade mais acessível

O secretário de Desenvolvimento Urbano de Linhares (Sedurb), Rodrigo Damiani, explica que a administração municipal já prepara uma revisão completa da legislação urbanística da com prioridade para o aumento da densidade e concentração urbana pela verticalização.

Isso porque, segundo Damiani, o urbanismo moderno já prevê um modelo de cidade mais compacta, em que o pedestre pode ter acesso a serviços e comércio em até 15 minutos. A expansão de condomínios verticais, portanto, auxilia nesse conceito de cidade mais acessível.

“Quando falamos de condomínios verticais, estamos falando de uma ou mais torres de apartamentos, geralmente, implantados em regiões centrais com um zoneamento que permite maior densificação. Em Linhares, temos várias facilidades que permitem esse crescimento, como a ausência de gabarito (andares) máximo. O que limita, entretanto, a altura dos prédios são as restrições do cone de voo do aeroporto”, pontua.

Bairros como Araçá, Shell e Colina, na região central, contam com ruas mais largas que permitem a locação de prédios maiores, com mais apartamentos e vagas para veículos, como aponta o secretário.

Nas regiões mais distantes, Lagoa Park, Vila Maria e Aviso são alguns dos bairros em que unidades verticais podem ganhar mais espaço, especialmente econômicas, na avaliação do sócio-proprietário da Helmer Imóveis, Ramiro Helmer, que é diretor regional da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES).

“Temos de fato um Plano Diretor Municipal (PDM) muito bem ajustado para verticalizar algumas regiões-chave e dar mais mobilidade ao município”, reforça Helmer.

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