No primeiro mês após a inclusão de Vitória no índice de aluguel FipeZap, a nova edição da lista apontou que o valor do aluguel na Capital aumentou 8,12% no acumulado do ano. Já em relação ao mês de julho, essa variação ficou em 0,24%, com o preço médio do metro quadrado na cidade listado em R$ 43,16 por m² – valor um pouco abaixo da média de R$ 46,41.
Entre os bairros de Vitória com maiores preços de locação de imóveis residenciais, a Enseada do Suá se destaca como o mais caro, com preço médio de R$ 61,2/m², e dois outros dois apresentaram variações altas no mês: Bento Ferreira (+30,3%) e Santa Helena (+23,9%).
Outro dado presente no índice é a rentabilidade do aluguel (rental yield), que é a razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis. A variação desse valor em julho foi de 0,37%, com um índice anual de 4,40% até o momento, em 2024.
Segundo o diretor da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Charles Bitencourt, esse aumento é considerado normal para o atual contexto do mercado imobiliário da cidade de Vitória.
“Vitória é uma cidade que tem pouca oferta e a demanda continua crescente. Um dos motivos que a gente observa, que explicam por que esse valor está subindo, é a recuperação do mercado no pós-pandemia e o IGP-M negativo no ano passado e em parte desse ano. Então, a gente está vendo os valores do aluguel serem trazidos de volta para a realidade”, explica.
Para o diretor, a tendência é que a valorização do mercado imobiliário na capital continue pelos próximos anos, com influências tanto dos aspectos físicos da cidade como de características do setor.
“De dois anos para cá, nós tivemos muito mais unidades voltadas para médio ou alto padrão, então a gente acredita que o mercado local vai continuar valorizando, exatamente porque temos uma demanda alta com um espaço físico pequeno para construção e pouca oferta”, destaca Charles.
Criado em 2012, o índice FipeZap faz a mensuração dos preços praticados no mercado imobiliário, monitorando e analisando preços de venda e locação de imóveis residenciais e comerciais em diversas regiões do Brasil. O índice, que atualmente contempla 56 localidades, é calculado pela Fipe, utilizando como base anúncios de imóveis disponíveis nas plataformas do Grupo OLX. Em Vitória, foram analisados 729 anúncios no mês de julho.
Entre as capitais estaduais que estão na lista, Vitória (R$ 43,16/m²) teve o 10º metro quadrado mais caro, mesmo estando abaixo da média do índice (R$ 46,41/m²).
Além da capital do Espírito Santo, o índice passou a incluir outras 10 capitais no mês de julho, com as adições de Aracaju (SE), Belém (PA), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), São Luís (MA) e Teresina (PI).
Para Charles Bittencourt, ainda é cedo para analisar o mercado a partir desses dados, mas o diretor acredita que os valores contidos na tabela vão se tornar mais representativos da realidade do mercado imobiliário com o tempo.
“Eu acho que a gente vai ter uma consistência melhor dessa pesquisa daqui a cerca de seis meses, com os ajustes necessários para refletir números mais próximos da realidade do mercado”, destaca.
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