O ano de 2023 foi um período de equilíbrio para o mercado imobiliário. Dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon-ES) mostram que a quantidade de unidades em construção tem se mantido na faixa dos 13 mil a 14 mil semestralmente. O que representa que à medida que novas unidades são entregues, outro tanto é lançado de forma que o número permaneça o mesmo.
Por outro lado, a expectativa para o próximo ano é de um aumento no número de lançamentos, principalmente ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV), após a reformulação do programa que aconteceu em junho e também do Nossa Casa, programa habitacional do governo do Espírito Santo que concede um subsídio de até R$ 20 mil como entrada, podendo somar ao do MCMV.
A MRV e a Morar Construtora já estão com novidades nessa linha para o ano que vem. Estão previstos quatro novos empreendimentos da Morar Construtora, sendo dois na Serra e dois em Vila Velha com unidades de 2 quartos, 2 quartos com suíte e de 3 quartos.
A MRV também está preparando pelo menos três novos lançamentos, localizados na Serra, totalizando 900 unidades. Serão dois empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e um inédito, de médio padrão.
De acordo com o vice-presidente da Associação Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi), Alexandre Schubert, a expectativa é que o próximo ano seja de mais progresso para o setor. "Entendo que o próximo ano trará novidades positivas para o mercado e o desempenho será ainda melhor do que 2023, que se encerra muito bom", diz.
Uma das tendências que vão contribuir com essa nova fase do mercado imobiliário é a queda da taxa Selic, que vem se mantendo em um patamar constante, chegando a 11,75% em dezembro após novo corte realizado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. E a expectativa é de que chegue no patamar de um dígitos, segundo especialistas do mercado. Isso se traduz em juros menores para o financiamento imobiliário.
Com isso, a movimentação do mercado imobiliário é de colocar novos produtos para atender a uma demanda que possivelmente deve crescer no próximo ano. De olho nesse cenário, as construtoras e incorporadoras do Espírito Santo já estão com alguns desses lançamentos no "forno".
Um exemplo é a Mivita, que prepara dois lançamentos para o primeiro semestre de 2024, com o valor geral de vendas (VGV) de R$ 250 milhões. "Será mais um empreendimento com o DNA Mivita, no sentido de oferecer mais do que um imóvel padrão. A gente trabalha o tempo todo para entender as aspirações do nosso cliente, para saber o que de fato fará diferença para que ele viva melhor", adianta Livia Giacomin, diretora administrativa e de Marketing da Mivita.
Já a Mazzini prepara-se para lançar três empreendimentos no ano de 2024. O primeiro, o Esquina, é o 32º empreendimento Mazzini e o primeiro em parceria com a igom, desenvolvedora e gestora de ativos imobiliários, e vai contar com duas torres e 122 unidades no total.
A Kemp vai priorizar Vila Velha para os empreendimentos de 2024. Segundo a diretora da construtora, Rubia Zanelato, o destaque da cidade é que ela possui "espaço para crescimento de forma ordenada, terrenos próximos ao mar, áreas para grandes lançamentos e alto potencial para intensa valorização. Tem, ainda, a possibilidade de criar até bairros planejados".
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