Vitória continua a ser a capital com a maior valorização do país. O índice FipeZap de novembro registrou um incremento de +2,65%, uma valorização mensal cerca de cinco vezes mais alta do que a deflação mensal (0,59%) e a prévia da inflação ao consumidor dada pelo IPCA-15/IBGE (0,53%). A média de valorização no país foi de 0,46%, segundo o índice.
No balanço parcial do ano, também continua como a capital mais valorizada, com alta de 21,8%, seguida de Goiânia (19,17%) e Curitiba (12,51%). E também nos últimos 12 meses, com valorização de 23,15%.
Como consequência, Vitória registrou mais uma dianteira, desta vez, no valor médio do metro quadrado (R$ 10.360) entre as capitais brasileiras, ficando em primeiro lugar, ultrapassando São Paulo (R$ 10.171). Mas, na média geral, a cidade ocupa o segundo lugar, atrás apenas de Balneário Camboriú (SC): R$ 11.340.
Para o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Eduardo Fontes, a escassez de terrenos é um dos “fenômenos” que tem causado essa alta na valorização e também no preço médio do metro quadrado de Vitória. Há também o fato de ser a capital do Estado, que já atrai também o interesse como moradia.
“Vitória tem registrado vendas maiores do que a oferta de imóveis e também existe a dificuldade de se colocar novos produtos no mercado, principalmente por causa do limite territorial da cidade, que é uma ilha. Ou seja, com menos oferta de imóveis, os preços se mantêm ou aumentam, dependendo dos patamares de venda”, explica.
A mesma opinião compartilha o diretor de Economia e Estatística do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Espírito Santo (Sinduscon), Eduardo Borges, que afirma por ser um mercado menor, com pouca oferta de imóveis, isso faz com que a volatilidade seja maior, com isso, aumentando mais os preços.
Para o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 13ª Região (Creci-ES), Aurélio Capua Dallapicula, o mercado de São Paulo e o de Vitória são diferenciados pela quantidade de ofertas disponíveis e também pela extensão territorial. Ou seja, a restrição territorial de Vitória é um dos fatores principais tanto para a sua valorização quanto para o valor médio do metro quadrado ter ultrapassado o de São Paulo.
A título de curiosidade, alguns bairros de São Paulo possuem um valor do metro quadrado mais alto do que a média registrada em Vitória, é o caso de Itaim Bibi (R$ 15.829), Pinheiros (R$ 15.258) e Jardins (R$ 14.117). Enquanto que na Capital, os três mais altos são a Enseada do Suá (R$ 13.280), Mata da Praia (R$ 12.519) e Praia do Canto (R$ 11.773).
Os valores considerados pela pesquisa são de unidades prontas (portanto, os lançamentos não são registrados aqui) com base em anúncios veiculados na Internet. O índice FipeZAP de venda residencial acompanha a variação do preço médio de apartamentos prontos em 50 cidades brasileiras.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta