Quem nunca derramou uma bebida no sofá? Por mais cuidado que tenhamos, sempre podem acontecer situações chatas envolvendo visitas ou até mesmo crianças. Diante destes imprevistos, é comum bater um misto de desespero e incerteza, que podem levar a erros na hora da limpeza. E ao contrário do que se imagina, passar um pano com água nem sempre é a melhor escolha.
Isto porque cada tipo de tecido possui propriedades distintas, que requerem cuidados específicos. Pensando nisso, o especialista em limpeza de sofás William Volkmann, CEO e fundador da Mr. Sofá (serviço de limpeza de sofás e tapetes), elenca as principais diferenças e cuidados entre os tecidos mais comuns nas casas brasileiras e como limpar cada um! Confira:
O linho, encontrado em designs mais simples e cores claras , adiciona um toque de elegância ao ambiente. Entre os tipos populares de tecidos, é aquele que costuma sujar com mais facilidade. Por ser mais leve, deve-se evitar utilizar água, uma vez que a água demora a evaporar e pode manchar a superfície.
O recomendado é o uso de álcool, seja aquele de cozinha ou até mesmo álcool em gel (diluído com água), que evapora rapidamente. É importante ainda evitar panos com muito pigmento, pois eles costumam soltar coloração durante o atrito, manchando o tecido.
Ao contrário do anterior, o suede possui cores mais escuras e uma textura distinta, sendo a escolha ideal para sofás de uso constante, em espaços com crianças e animais. Devido a alta resistência, ele não necessita de muita atenção, e a sujeira não aparece facilmente.
Por ser um tecido mais texturizado, é importante tomar cuidado com produtos e alimentos que grudam, como massinhas ou chicletes. A limpeza pode ser feita com um papel toalha, álcool, um pouco de detergente e até mesmo aqueles produtos multiuso, usados na cozinha.
A camurça se destaca pela textura diferenciada, e compartilha da durabilidade encontrada no suede. Por serem tecidos bem semelhantes, os métodos de limpeza são os mesmos: uso de produtos multiuso, álcool ou detergente diluído. Esse tecido apresenta deformidades, uma vez que sua origem é animal. Sendo assim, a manutenção costuma ser mais constante, exigindo limpezas recorrentes.
O couro é conhecido por sua qualidade incontestável, e é recomendo para ambientes costeiros ou úmidos, uma vez que o tecido é resistente à água. Não é necessário se preocupar tanto com líquidos entornados, já que eles dificilmente irão penetrar no material.
No entanto, deve-se evitar o uso de escovas, especialmente aquelas de cerdas grossas, que podem acabar arranhando a superfície e estragando o material. Cabe ressaltar ainda que o couro natural pode manchar com mais facilidade, sendo preferível optar pelo sintético.
Apesar de cada tipo de tecido possuir suas propriedades específicas, todos compartilham de alguns cuidados especiais. Deve-se sempre evitar o uso de materiais abrasivos, que podem corroer os tecidos. Evite lavar com água corrente, pois pode estragar a madeira que fica no interior do sofá, e tome cuidado com as receitas “milagrosas” da internet.
A maioria destas costuma usar misturas envolvendo sal (bicarbonato de sódio), que em grandes quantidades pode prejudicar o tecido, a madeira e enferrujar as molas no interior do sofá. Aquelas que usam vinagre também precisam ser evitadas, pois elas acabam mantendo o cheiro do vinagre, deixando o sofá com cheiro ruim.
Caso tenha cometido algum erro na hora da limpeza, nem tudo está perdido. Em vez de tentar consertar por conta própria, é indicado chamar um especialista da área, o mais breve possível (quanto maior a demora, mais chance de a mancha impregnar no tecido). O profissional possui produtos e conhecimentos específicos que podem salvar o seu móvel.
Para prevenir manchas, William Volkmann recomenda sempre realizar a blindagem do tecido por meio de serviços de impermeabilização. A prática não elimina os cuidados que se devem ter na hora de comer ou beber algo nos sofás, mas com certeza ajuda a evitar problemas mais sérios.
Por Victoria Muzi
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