Já é março, mas parece que o calor não vai dar trégua tão cedo, nem mesmo no outono. E não há nada melhor do que investir em um bom equipamento para refrescar a casa. Hoje, no mercado, existem várias opções de ar-condicionado, climatizador e até umidificador para comprar, com diferentes tipos, tamanhos e preços. Mas você sabe qual é a diferença entre eles? E qual é a melhor escolha para o seu objetivo? Conversamos com especialistas para tirar todas as suas dúvidas de uma vez por todas.
O ar-condicionado é o campeão de vendas, mas o climatizador é uma alternativa para quem precisa gastar menos com energia e não se importa com a refrigeração do ambiente, bastando somente que a casa fique mais fresca. Mas o que diferencia esses dispositivos não é só isso.
Pelo fato de a Região Metropolitana da Grande Vitória ter, predominantemente, um clima tropical e, na maior parte do ano, possuir uma umidade adequada, é dispensável o uso de umidificadores, ao contrário de cidades como Brasília e Curitiba e o sertão nordestino. Nesses locais é, inclusive, um bom truque para amenizar a secura na hora de respirar. Isso, porque, o excesso de umidade no ar também pode acarretar em problemas de saúde.
Para o consultor técnico de Engenharia Mecânica do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES), Igor Trancoso, o que torna o umidificador ainda mais impraticável de ser usado no litoral capixaba é o fato de não ser indicado para resfriar um ambiente, pois costuma ser pequeno e desenvolvido para ser utilizado em regiões específicas.
“Em compensação, diferentemente do ar-condicionado, o umidificador pode ser um poderoso aliado para quem sofre com problemas respiratórios raros seríssimos. Fora nesses casos específicos, não é um aparelho tão útil para os dias quentes que estamos vivendo neste começo de ano na Grande Vitória”, analisa Igor.
Ar-condicionado
O mais cobiçado das lojas durante o verão e também com o preço mais "salgado", é, certamente, a forma mais eficiente de refrescar um ambiente.
“O ar-condicionado tem como objetivo principal refrigerar o ambiente fechado, de modo a deixá-lo com um conforto térmico mais rápido. Ou seja, ele ‘retira’ o calor, assim como também retém a umidade do ar”. Para o engenheiro, portanto, o uso do aparelho pode ser uma "faca de dois gumes", visto que ele também deixa o espaço com um ar menos úmido.
Além do mais, o custo de manter o produto também é alto, já que gasta mais energia elétrica do que as outras opções. E pod chegar a ser até sete vezes mais caro do que um climatizador, se for analisado o preço do produto, do consumo e da manutenção, de acordo com Igor.
Graças à tecnologia, os dispositivos mais novos no mercado não emitem mais gases nocivos à saúde, mas a falta de umidade em um cômodo pode acarretar em problemas cardiorrespiratórios. Para fugir das alergias, aposte em umidificador durante alguns períodos do dia para equilibrar.
Climatizador
Se a ideia é refrescar a casa sem precisar de quebra-quebra, opte pelo climatizador. Mas não espere tanto dele.
Um ponto a favor desse aparelho é que ser um item portátil e, assim, torna fácil levá-lo de um cômodo a outro e até em viagens. E ele funciona com um sistema que absorve o ar do ambiente e o climatiza, tornando-o mais úmido e fresco.
“Por mais que o ambiente seja pequeno e receba ventilação natural, o climatizador consegue refrescar ainda mais a casa, mas não tem potência para resfriar, como o ar-condicionado”, aponta Igor.
Para melhor funcionamento do aparelho, o reservatório de água pode receber pedras de gelo ou caixas com gel congeladas para deixar a temperatura ainda mais amena.
Em comparação ao ar-condicionado, é uma opção mais barata, de fácil instalação e que não deixa o ambiente ressecado, visto que tem como função secundária umidificar o espaço.
Além do mais, não exige profissionais especializados em limpeza do aparelho. Basta uma vistoria no filtro e no motor pelo próprio usuário.
Ainda assim, o engenheiro do Crea ressalta a importância de uma consultoria técnica: “Para garantir a segurança e aproveitar melhor cada dispositivo, é recomendável sempre procurar profissionais habilitados para fazer análise do que é mais adequado ao tamanho do ambiente”, destaca.
Esse é um conceito da arquitetura que preza pelo o ideal de todas as estruturas residenciais e comerciais já pensadas para o conforto térmico. De acordo com a arquiteta Sabrina Cestari, proprietária da empresa homônima dessa metodologia, diferentemente de um técnico em instalação desses aparelhos, a tecnologia pode ser melhor aproveitada quando profissionais, de diferentes áreas da construção civil, se unem para projetar um espaço que otimiza a eficiência dos aparelhos refrigeradores.
"No Brasil, o mercado de ar-condicionado, em especial os modelos splits, é recente. Por isso, nunca houve uma preocupação dos profissionais em relação ao tema, mas sabe-se hoje que é imprescindível fazer projetos que, desde a fase de planejamento, prevejam a disposição correta de todos os elementos estruturais, de interiores e decorativos de forma a proporcionar o melhor conforto térmico", analisa.
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