Desde o período de isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus, uma tendência forte do mercado imobiliário tem sido a procura por mais espaço. E um dos segmentos que mais incorpora essa busca por liberdade e até mesmo mais contato com a natureza encontrou vazão nas ofertas que já existiam em loteamentos e condomínios de casas.
No último ano, o segmento registrou alta na procura com, inclusive, algumas empresas adiantando lançamentos, devido ao grande interesse por imóveis onde poderiam construir a casa dos sonhos, morar com a segurança de um condomínio fechado e ter um quintal, onde poderiam espairecer e ter contato com o verde.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon) e CEO da Vaz Desenvolvimento Imobiliário, Douglas Vaz, destaca que, se existe um setor que driblou a crise provocada pela pandemia, cresceu e continua avançando é o imobiliário.
Da mesma opinião é a diretora de negócios da Alphaville Urbanismo, Patrícia Dias Hulle, que confirma o crescimento do segmento de loteamentos após o período de isolamento social. “A Alphaville vem fazendo um trabalho grande de adaptação dos seus projetos às novas formas de trabalho e moradia”.
Segundo Hulle, a integração com o verde e os itens de sustentabilidade são as grandes tendências desse segmento, tornando-se itens de grande procura pelos clientes da marca, “que cada vez mais, estão mais preocupados com o meio ambiente e valorizam itens que geram menos impacto ambiental”.
Com a Grande Vitória já saturada de empreendimentos, torna-se mais difícil encontrar grandes áreas para o lançamento de condomínios horizontais. E quando essas áreas são encontradas, o produto ganha um toque de exclusividade. Um exemplo é Botanical Exclusive Home, da Sólida Empreendimentos, lançamento na Prainha, em Vila Velha.
Localizado em uma região histórica, com áreas bem escassas, o empreendimento tem como diferenciais a proximidade com o mar e as reservas naturais do remanescente da Mata Atlântica, além de estar em um bairro com poucos prédios. Serão 33 unidades de casas duplex, em uma área com reserva ambiental exclusiva de 3 mil metros quadrados.
Outro exemplo é o condomínio Reserva da Praia, na Praia do Morro, em Guarapari, de realização da MZI, Empar e Grupo Incospal. O empreendimento possui 165 lotes com áreas de 400m² a 1,1mil m² em uma área total de 171 mil m², com estrutura completa, entregue montada e decorada. O paisagismo é assinado por Benedito Abbud, com projeto arquitetônico de Kennedy Vianna e decoração das áreas sociais de Vivian Coser.
Já a Praia Grande, em Fundão, recebe o próximo empreendimento da Lotes CBL, Palm Garden, que terá 278 lotes a partir de 300m², com infraestrutura completa (terraplenagem, pavimentação, drenagem pluvial, rede de água e esgoto, paisagismo e iluminação), além de um campo de futebol, pista para caminhada e quadra beach tênis. Terá, ainda, o replantio de 21 palmeiras imperiais em sua entrada.
Segundo o diretor executivo da loteadora, Marcos Batista, o Palm Garden vem, ainda, com outro diferencial importante. “Esse será o primeiro empreendimento da CBL focado não só em atender ao público do entorno de sua localização, mas também de outras regiões. Os projetos podem se tornar residências para moradia, mas também casa de praia, por exemplo. O volume de clientes cadastrados na fila já ultrapassa o total de 200 interessados e, por isso, acreditamos na comercialização rápida de todo o empreendimento”, ressalta.
Já a Soma Urbanismo aposta em Guaçuí e no Balneário de Guriri para os seus dois mais recentes lançamentos. O Golden Guriri será um loteamento fechado, de frente para a praia e com segurança, além de um clube completo com piscina, espaço gourmet e diversos itens de lazer. Já o Residencial Soma Villaris, em Guaçuí, é um loteamento aberto, em Quincas Machado, e terá toda uma infraestrutura completa com terraplanagem, drenagem, redes elétrica, de esgoto e água, pavimentação, além de academia ao ar livre, ciclovia, playground e paisagismo.
“O interior do Espírito Santo tem excelentes oportunidades para investimento que, muitas vezes, passam despercebidas pelo mercado imobiliário. Por serem locais com mais possibilidades de expansão urbana, investir em lotes ainda na sua fase de construção permite pagar valores mais baixos em relação aos grandes centros. As pessoas buscam por mais segurança e qualidade de vida, com itens de lazer de fácil acesso. O público também tem procurado por lotes maiores. Após a pandemia e a alta adesão ao home office, muita gente percebeu a importância de ter cômodos mais espaçosos e áreas externas”, conta a diretora comercial da Soma Urbanismo, Danielli Simões.
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