Investir em imóveis sempre foi considerado uma forma segura de rentabilizar o dinheiro, principalmente por ser um ativo tangível, formando um patrimônio físico para o investidor. No último ano, por conta do baixo rendimento de aplicações, como a renda fixa, o mercado imobiliário ganhou ainda mais destaque e despontou como uma das principais opções de investimento por conta da rentabilidade, principalmente quando sua valorização chega a garantir um retorno médio acima da inflação.
Mesmo com o aumento da Taxa Selic – que chegou ao menor patamar da série histórica em 2020, a 2% ano ano, e hoje está em 13,75% –, o imóvel é um ativo que tem atraído cada vez mais interessados no Estado. “Comprar imóveis é uma das formas mais tradicionais de investimento. Ainda é uma excelente maneira de construir patrimônio de forma estável, podendo gerar retorno financeiro, por meio da locação ou venda do bem com sua valorização adquirida com o passar do tempo”, observa Ricardo Gava, executivo da Gava Crédito Imobiliário.
Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostram que no mês de maio houve a contratação de R$ 17 bilhões de financiamento com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), uma alta de 49,2% em relação a abril e o segundo melhor resultado para o mês na série histórica. Isso reflete a busca cada vez mais crescente por investimentos imobiliários.
Na 28ª edição do Salão do Imóvel da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Estado do Espírito Santo (Ademi-ES) a procura por imóveis de médio e alto padrão (entre R$ 601 mil e R$ 1 milhão) foi a maior, registrando 31,9% do público, e 21% buscaram unidades de médio padrão (entre R$ 451 mil e R$ 600 mil), enquanto que as dentro do programa Minha Casa Verde e Amarela, com preço até R$ 240 mil, ficaram com 15% das buscas.
Os dados apontam para uma mudança de público, que está em busca de investir em vez de apenas adquirir um imóvel como moradia. Esse público entendeu que a valorização imobiliária tem continuado forte e que os preços tendem a aumentar, ou seja, buscam liquidez para um investimento.
Segundo Maia, mesmo que a Selic mais alta interfira na confiança geral do mercado, “a maioria das pessoas tem buscado evoluir no patamar imobiliário, comprando imóveis maiores, com áreas de lazer, com espaços de meditação e integrados à natureza, tanto no perímetro urbano quanto no interior”.
Apesar de ser um investimento a médio e longo prazo, o retorno financeiro compensa, já que pode ficar em torno de 0,5% ao mês, no caso de um aluguel de imóvel compacto, podendo chegar a 6% do valor do bem ao ano. Sem contar com a valorização do imóvel, que pode chegar a uma média de 30% ao ano ou até mesmo ultrapassar, dependendo da localização e do empreendimento.
Mas é importante conhecer um pouco mais do mercado, para não comprometer a renda familiar, uma vez que é um investimento que requer um aporte mais alto.
Por outro lado, existe a opção dos fundos imobiliários, que têm conquistado cada vez mais a aderência do mercado. Segundo a economista e líder regional da XP no Espírito Santo, Cecília Entringer Perini, essa é uma alternativa para quem pensa em ter uma renda passiva, com ganhos mensais – como o aluguel.
“Os fundos imobiliários são um conjunto de imóveis que trazem a geração de renda para os cotistas em forma de aluguel e juros de títulos. Nesse investimento o risco é mais diluído por conter vários imóveis de alto padrão e ter representatividade no mercado”, explica.
A primeira coisa é saber o que fará com esse imóvel. É preciso ter um direcionamento pensando num objetivo bem definido. Se vai ser para moradia ou se busca gerar renda, se o investidor está pensando em ganhar com a valorização ou ter retorno mais rápido com o aluguel. Isso vai ajudar a direcionar o perfil e a localização do empreendimento.
Tenha sempre um fundo de reserva preparado para adquirir um imóvel, pois o investimento inicial pode ser alto e há também as prestações, caso seja financiado.
Há necessidade de entrada maior, em média 20%, no ato da compra a título de sinal, e pode ser financiado ou pago à vista. Por outro lado, tem a vantagem da garantia de recebimento do bem que já está pronto e pode ser utilizado de imediato, para moradia ou para uso de sua empresa, ou ainda para gerar renda, como por exemplo para locação.
É uma compra programada, pode ser paga com mais tranquilidade, exigindo entrada menor no ato da aquisição e que deve ter combinado seu fluxo de pagamento diretamente com a construtora. Nessa opção há a vantagem de pagar por mais tempo e ainda poder planejar o projeto até a entrega do bem. Por outro lado, só poderá ser utilizado quando for entregue. Uma vantagem é que costuma ter valor mais atraente no início, com valorização que pode ser alta até ficar pronto.
Busque sempre um profissional habilitado, que orientará de forma segura sobre as principais questões que devem ser observadas por quem está adquirindo um imóvel. Dentre elas, a localização é sempre o ponto chave, é a matriz que faz o imóvel valorizar mais ou menos.
Caso opte por financiar o bem, convém procurar empresas certificadas pelo Banco Central do Brasil (Bacen), as chamadas de assessorias de crédito imobiliário ou correspondentes bancários para pesquisar e detalhar de forma clara qual a melhor opção de financiamento imobiliário de acordo com o perfil de cada cliente, que pode variar.
Uma alternativa para quem deseja uma renda passiva, com ganhos mensais como o aluguel, são os fundos imobiliários: um conjunto de imóveis que trazem a geração de renda para os cotistas em forma de aluguel e juros de títulos. Nesse investimento o risco é mais diluído por conter vários imóveis de alto padrão e ter representatividade no mercado.
Fonte: Cecília Entringer Perini, Ricardo Gava, Filipi Maia
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