Uma parte importante do planejamento para a compra da casa própria é garantir que as prestações vão caber no bolso. Afinal, trata-se de um compromisso de longo prazo, que pode durar até 35 anos. Para quem troca o aluguel pelo financiamento, por exemplo, um aumento no gasto mensal pode desequilibrar o orçamento e até levar à perda do imóvel.
Mas é possível lançar mão de algumas alternativas para evitar chegar a esse ponto e manter as parcelas em um valor adequado à renda familiar. Dar uma entrada maior, dispor de outro bens para abater a dívida, usar o FGTS na entrada, para amortizar o saldo devedor ou diminuir o valor das prestações e ainda optar pela portabilidade de crédito são algumas delas.
Antes de assinar o contrato, é preciso entender como funciona o sistema de amortização da dívida, se pela tabela Price, com prestações fixas, ou o SAC, em que o valor da prestação reduz durante o contrato, afirma o economista e consultor de empresas Sebastião Demuner, conselheiro do Conselho Regional de Economia (Corecon-ES).
Segundo ele, é importante se conscientizar de que, mesmo financiando em 30 anos, é possível se planejar e antecipar as parcelas. Dá para aproveitar o 13º e usar o FGTS para amortizar a dívida, por exemplo.
Outra possibilidade é a portabilidade de crédito, quando a dívida é levada para outro banco. É interessante para avaliar as taxas de juros de outros bancos. Quem fez o financiamento há mais tempo pode negociar e tentar reduzir o saldo devedor e a parcela, diz a advogada especialista em direito imobiliário Bianca Bonadiman, membro da Comissão de Direito Imobiliário da OAB-ES.
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