O conforto e a sensação de aconchego de um ambiente estão diretamente ligados à decoração. Quando se fala em cores, texturas, móveis, iluminação e adornos, os mínimos detalhes podem fazer toda a diferença. Afinal, mais do que beleza e funcionalidade, a decor deve refletir a cara do dono.
A boa notícia é que, independente do ambiente a ser montado ou remodelado, no caso de uma reforma, o leque de opções é extenso para atender a todos os estilos, observa o designer da Móveis Conquista, Everson Thomy.
Ele ressalta que, além das necessidades do espaço, gostos e preferências de design do cliente devem ser levados em consideração. Thomy aponta que as principais tendências atualmente são ambientes claros e móveis em linha reta com cores mais neutras.
Com as pessoas passando mais tempo dentro de casa e, em muitos casos, trabalhando em home office, devido à pandemia da Covid-19, a relação com o lar foi ressignificada. Agora, além da preocupação com a estética, existe também a procura por uma decoração que seja funcional e que também permita uma produtividade maior.
E se antes alguns problemas estruturais na cozinha ou o acúmulo de itens pela casa não incomodava, já que a família não ficava tanto tempo reunida, na quarentena isso mudou. “A pandemia antecipou e intensificou algumas mudanças como a procura por tecnologia dentro das casas. A decoração se tornou muito importante, porque o objetivo é morar em ambientes planejados, eficientes e, ao mesmo tempo, aconchegantes”, destaca a arquiteta e conselheira do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Espírito Santo (CAU-ES), Luciane Veiga.
Como o isolamento social interrompeu o contato com o ambiente externo, o jeito foi trazer a natureza para dentro de casa. Assim o design biofílico, que privilegia essa aproximação, ganha cada vez mais espaço, assim como a estética japandi e o estilo Boho, que combinam elementos naturais, consumo consciente e resgate das relações afetivas.
“As pessoas tendem a harmonizar o ambiente com um pouco mais de verde para aproximar a natureza da rotina. Por isso, existe uma demanda forte por varandas gourmet que permitem conciliar um clima mais natural com o ambiente urbano”, explica Thomy.
Priorizando um design natural, o estilo Boho valoriza o resgate da memória e os tons mais suaves. “Esse é um tipo de design que trabalha o artesanato, o afeto, em uma estética mais romântica, sem deixar de ter como referências a paz, leveza e energia positiva”, destaca a arquiteta e conselheira do CAU-ES, Renata Modenesi.
Já a estética Japandi combina o estilo escandinavo com o minimalismo japonês, mescla tons terrosos com adornos naturais e prioriza a iluminação indireta. “O estilo japonês não é apenas minimalista, ativa também o aconchego e a praticidade. Isso porque trabalha conforto, consumo consciente e ergonomia”, aponta Luciane Veiga.
“Todas as tendências começam com produtos mais caros e as demais linhas vão se inspirando. Nos últimos anos, observamos um clareamento da madeira, dos tecidos e do mobiliário”, destaca o sócio-proprietário da Ampla Móveis, Ryan Braga Fabres.
Essas tonalidades também são tendências nos revestimentos, por serem fáceis de harmonizar no ambiente.“Os revestimentos que mais saem são peças maiores, retificados e com menos rejunte. Quando o assunto é cor, as preferidas são cinza, nude e branco para interiores, banheiros e cozinhas, porque combinam com qualquer detalhe”, destaca a arquiteta e designer da Dalla Bernardina, Sonia Regina Marques.
Em contraponto aos elementos naturais também estão em alta os projetos em estilo industrial, com tons mais frios, ressalta Sonia Regina. “Os revestimentos 3D e os cimentícios, que imitam o cimento queimado, têm uma ótima procura”, sinaliza.
Para valorizar cada detalhe, um bom jogo de luz é o grande trunfo. As lâmpadas de LED, explica Renata Modenesi, são as principais apostas mercado, mas é preciso estar atento à coloração delas já que isso influencia diretamente no conforto e bem-estar. “Quando falamos de iluminação, o ideal é a luz ser neutra, mais amarelada. Isso permite fidelizar as cores, ao contrário da luz branca que é mais azulada e não ajuda na sensação de aconchego do ambiente”.
Já a redução da metragem dos apartamentos exige aproveitamento total dos cômodos e praticidade, com destaque para os móveis de linhas retas. “Como hoje as unidades são menores, existe uma procura bem grande por estofados retráteis e reclináveis, linhas mais geométricas e muita madeira'', observa Everton Thomy.
Nostálgico, o estilo Boho privilegia um design natural e propõe um resgate de memórias. Os projetos adotam tons mais suaves, trabalham o artesanato e a estética romântica. Emanam paz e leveza.
O design biofílico privilegia a aproximação com a natureza. As plantas ganham lugar de destaque dentro de casa, assim como luz e ventilação naturais são muito valorizadas. A proposta também está presente nas áreas externas dos condomínios.
A estética Japandi combina o estilo escandinavo com o minimalismo japonês, mescla tons terrosos com adornos naturais e prioriza a iluminação indireta. A proposta reúne conforto, consumo consciente e ergonomia.
Em contraponto aos elementos naturais também estão em alta os projetos em estilo industrial, com tons frios. Revestimentos 3D e cimentícios continuam sendo muito procurados. A preferência é por cores neutras, principalmente, tons de cinza, nude e branco.
Com a metragem dos apartamentos diminuído, os móveis de linhas retas e retráteis têm tido uma boa saída. Também há um movimento de clareamento dos ambientes, com móveis mais neutros, tecidos do tipo linho e tons de madeira mais suaves. O objetivo é trazer delicadeza, tranquilidade, além de possibilitar a sensação de ampliação dos espaços.
Iluminação influencia diretamente o conforto e bem-estar. A luz mais amarelada, próxima do sol, permite fidelizar as cores, ao contrário das luzes brancas, que são mais azuladas e não contribuem para a sensação de aconchego.
Imagens: Móveis Conquista, Ampla Imóveis, Renata Modenesi, Camila Santos, Shutterstock e Unsplash.
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