Para quem compra um imóvel na planta, a possibilidade de pagá-lo durante a obra pode sair mais em conta, comparada aos financiamentos bancários, que são caros e levam mais tempo para serem quitados. Se o negócio for fechado diretamente com a construtora ou com uma cooperativa, o Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil pode ser usado para o reajuste dos contratos de compra e venda de imóveis. Nesse modelo, o pagamento total deve ser feito em até 36 meses.
Segundo o diretor de Indústria Imobiliária do Sinduscon/ES, Leandro Lorenzon, vale a pena liquidar a dívida do imóvel durante a obra em três anos. A pessoa precisará pagar uma parcela mais alta no período de construção. Isso exige uma capacidade financeira maior, mas é uma escolha vantajosa, ressalta. Há ainda a alternativa de pagar 70% durante a obra e depois vender um bem para quitar a dívida com a empresa. Se a ideia for pagar no período de pós-obra, por meio de financiamento, o custo sai bem maior por causa dos juros, acrescenta.
Considerando as taxas de 3,50% a.a. e 0,29% a.m, o Sinduscon calcula que um imóvel de R$ 500 mil, por exemplo, quitado em três anos, durante a construção e somente pelo CUB, o valor de cada prestação sairá mensalmente em torno de R$ 13.888,89. Dessa forma, o montante total com a correção será de R$ 526.999,82.
No caso da compra de um imóvel com o mesmo custo, de R$ 500 mil, se o comprador pagar 30% durante a obra, totalizando R$ 150 mil, reajustado pelo CUB, e 70% com o financiamento pós-obra, haverá o acréscimo de R$ 8.099,95. Além disso, com o financiamento de R$ 350 mil a ser pago em 360 meses, via Sistema Financeiro de Habitação (SFH), com as taxas de 8,00% a.a. 0,64% a.m., haverá o acréscimo de R$ 550.141,45. Assim, o valor do financiamento do período de pós-obra a ser pago com a correção será de R$ 900.141,45. Em resumo, o imóvel sairá por R$ 1.058.241,40.
No panorama atual, a variação percentual mensal do CUB serve como mecanismo de reajuste dos valores em contratos de compra de empreendimentos em construção.
No Espírito Santo, o indexador é calculado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon/ES). No mês passado, esse indexador teve uma variação de 0,33%, indica o sindicato. O metro quadrado do CUB médio passou para R$ 1.689,31. Já em dezembro do ano passado, a variação acumulada era de 5,22%.
Ao fechar negócio, os compradores devem estar preparados para o possível atraso na obra, muitas vezes causado por problemas climáticos. Se exceder o prazo de 180 dias, a construtora deve pagar uma indenização mensal
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