A churrasqueira parece ser um utensílio restrito a quem tem casa com quintal. Contudo, o clássico churrasco de domingo também está entrando nos apartamentos. Graças a tecnologias e criatividade dos arquitetos, o utensílio está ocupando espaço nas varandas de vários prédios.
Os arquitetos Erika Mello e Renato Andrade são experientes nesse processo. Eles explicam que a escolha entre uma churrasqueira a gás, carvão ou elétrica depende das especificidades do local e do desejo do cliente. Além disso, de nada adianta ter uma churrasqueira sem um espaço, geralmente uma bancada, para manuseio das carnes, completa Renato Andrade.
O sócio-diretor da loja de utensílio para cozinha Kouzina, Paulo Gottardi, explica que as churrasqueiras a gás e elétricas são as mais possíveis de serem aplicadas em varandas de apartamento. Há modelos compactos e maiores, possibilitando a instalação em vários ambientes diferentes. Tem a embutida em torre, que é parecida com a tradicional, estilo americana, mas essa já faz um pouco mais de fumaça. Outra opção é a cooktop. No caso da elétrica tem a opção infravermelha e não faz fumaça.
Aqueles que gostam da fumaça para defumar alguma peça de carne, alguns modelos vêm com compartimentos para queimar lenha, por exemplo.
Para garantir a boa convivência entre os vizinhos, a arquiteta e conselheira do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/ES), Dani Caser, tem preferência pelo modelo elétrico. Não tem fumaça nem cheiro, destaca.
A especialista explica que, muitas vezes, as varandas não tem ponto de gás que sempre fica na cozinha, um cômodo que costuma ficar do lado oposto da varanda. Para uma churrasqueira a gás sem um ponto previamente instalado, tem que fazer uma obra mais radical. O duto de gás deve ficar no contra piso, então tem que quebrar tudo e chamar mão de obra especializada. Se a pessoa não for fazer uma obra maior previamente, não compensa.
A instalação do modelo elétrico é mais simples, segundo Dani Caser, porque é preciso apenas uma tomada de 220 volts e, para isso, um serviço mais simples pode ser feito.
Quanto ao modelo a carvão, mais tradicional, a arquiteta nem cogita para apartamentos. Só fazemos se o prédio já tem sistema de exaustão.
Ainda segundo Dani Caser, é preciso ter atenção com outros detalhes. Também tem que puxar ponto de água e esgoto, tem que instalar armários e bancadas, acrescenta.
Todos os profissionais lembram da necessidade de documentar a obra junto ao síndico. A NBR 16.280 exige que o condômino contrate profissionais de arquitetura e engenharia para a execução e documentação de obras de grande porte dentro das unidades. Esse aspecto é importante para que sejam respeitadas as normas do condomínio e a integridade do prédio.
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