O desejo de ter a casa própria ainda faz parte da realidade de muitos brasileiros. Para conquistar essa meta antes dos 30 anos, é imprescindível ter organização financeira. Especialistas indicam que a melhor alternativa é pagar à vista, mas se os compradores precisarem apostar no financiamento, vale checar em quanto tempo terão montante maior para a entrada, além de calcular o valor ideal da parcela.
No período de noivado de Bianca e Bruno Orioli, o planejamento econômico foi um fator importante para conseguirem adquirir juntos um apartamento em 2013, antes do matrimônio. Estávamos procurando um imóvel, mas não sabíamos por onde começar. Um colega comentou sobre um condomínio legal e em conta, na planta, que estava valendo a pena. Fomos ver e gostamos. Eram as últimas unidades. Fechamos rápido sem pensar muito, conta Bianca.
Após o casamento, a construtora ainda finalizava a obra, e os dois preferiram morar em uma quitinete alugada durante três meses. Demos uma entrada de R$ 60 mil e financiamos o restante. Até agora, já adiantamos algumas parcelas. A organização financeira ajudou muito. Minha mãe sempre foi muito econômica e me ajudou nisso. Além de gostar da localização e da vizinhança, pago pelo que é meu, diz Bianca.
Segundo o economista e educador financeiro Francisco Rodrigues, a identificação do próprio perfil financeiro é essencial antes da aquisição. Geralmente, os poupadores reservam pelo menos 10% das receitas. Os conservadores, entretanto, além de guardarem esse percentual ou mais da renda, procuram fazer outras aplicações. Já os investidores também apostam no Tesouro Direto, em ações, Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), terrenos e imóveis. Além disso, têm visão de longo prazo.
A recomendação é não seguir a onda do sonho sem apurar as condições financeiras. Uma pessoa que ganha R$ 5 mil, por exemplo, pode acreditar que é possível comprar uma casa e pagar o financiamento, que inclui uma parcela de R$ 1.500. Para evitar contratempos, é necessário considerar que a compra de um imóvel abrange gastos com taxa de condomínio, água, luz, IPTU, além de despesas pessoais com combustível, prestação de carro, seguro, entre outras.
Segundo Sandro Carlesso, presidente da Associação Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), a localização do empreendimento depende do poder aquisitivo dos jovens. Aqueles que já têm certa estabilidade financeira levarão em conta a mobilidade e a conveniência proporcionadas pela localização do imóvel. Buscarão mais estrutura de serviços e lazer e do local de trabalho. Também querem qualidade de vida, aponta.
Ele indica que a outra parcela do público jovem que sonha em adquirir a casa própria tem como fator relevante o preço, seguido da questão da segurança e estrutura interna do condomínio. Vivenciamos um cenário bastante oportuno para quem deseja comprar um imóvel. As taxas de juros sofreram uma redução histórica e isso beneficia, sobretudo, os mais jovens que, no geral, não dispõem de recursos poupados. Está mais barato agora tomar um financiamento bancário para concretizar a compra, indica.
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