Com a mudança de rotina e as pessoas passando mais tempo dentro de casa devido à pandemia da Covid-19, alguns hábitos precisaram ser revistos. Os espaços começaram a ficar pequenos para executar algumas atividades e novas necessidades acabaram surgindo. Dessa forma, houve um impacto no mercado imobiliário porque os consumidores passaram a exigir por novas demandas. Se antes as metragens dos empreendimentos estavam diminuindo, hoje a procura por ambientes maiores, integrados e unidades com áreas de lazer mais espaçosas aumentou.
Nessa busca por espaços mais aconchegantes, muitas pessoas passaram a olhar com mais atenção para as casas. Isso porque, mesmo com as novas tendências de lançamento, alguns apartamentos já não possuem a tipologia mais adequada para comportar uma rotina voltada para o lar.
“Cada vez mais vemos clientes em busca de residências porque a pandemia incentivou o olhar para dentro do lar. Por isso, temos percebido uma alta procura tanto por casas prontas para compra, quanto para loteamentos”, comenta a arquiteta e conselheira do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Espírito Santo (CAU-ES), Carol Zamboni.
Apesar dessas demandas serem influenciadas pela quarentena, o diretor da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES) Alexandre Schubert, explica que esse aumento deve continuar pelos próximos anos.
“Acho que é um movimento que terá uma velocidade menor, mas é duradouro. Não é apenas sobre o espaço, mas também uma busca por qualidade. Daqui para frente seremos mais exigentes em como decidimos viver a vida”, destaca Alexandre Schubert.
Além do aumento na aquisição desses imóveis, com a pandemia as pessoas também decidiram investir na reforma das casas. Como agora elas passam mais tempo dentro do lar, tornar os ambientes confortáveis e aconchegantes se tornou uma prioridade para muitas famílias.
“Muitos clientes comentaram que como não podiam viajar, optaram então por mexer em algum cômodo. Na primeira quarentena, em março do ano passado, as pessoas perceberam que conviver em espaços menores pode ser muito difícil”, ressalta a designer de interiores Fernanda Calazans.
Para a arquiteta Carol Zamboni, existem diversas formas de deixar o lar mais aconchegante e agradável. O ideal é observar sempre as condições climáticas como o vento, para circulação de ar e conforto térmico. Além disso, vale ficar de olho na posição do sol e optar por revestimentos e móveis com menor manutenção ao longo do tempo.
“Podemos apostar em itens mais baratos, rápidos e que causem muito impacto com a mudança. Por exemplo, mudar a cor de algum ambiente, revestir algum local com papel de parede, apostar em adornos e quadros na decoração”, destaca Carol Zamboni.
Espaços desorganizados impedem a fluidez dos ambientes. Por isso, o ideal é remover tudo o que não faz mais sentido ou não tem utilidade.
Aposte sempre em uma decoração com plantas porque ajuda a trazer a natureza para dentro de casa. Com o isolamento social, é importante manter elementos externos como refúgio.
Na hora de escolher a iluminação ideal, a dica é estudar o espaço e pensar em criar diferentes climas entres os ambientes.
Para quem procura criar ambientes mais relaxantes, o ideal é investir em essências, velas e aromatizantes, tanto em difusor, quanto o elétrico.
Para aumentar a sensação de aconchego, a dica é explorar a decoração com elementos energéticos como almofadas coloridas, papéis de parede, quadros e adornos. O importante é ser criativo, mas manter a harmonia.
Para tentar quebrar um pouco a rotina, você também pode investir em cantos para relaxar em casa. A dica é criar espaços para leitura, tomar um bom café ou apenas descansar a mente da rotina de trabalho.
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