O mercado imobiliário começa o ano com novo fôlego e perspectiva de muitos lançamentos. Aliado a isso, as taxas de juros mais baixas atraem os olhares dos compradores. Com a facilidade nas negociações, financiamentos e consórcios estão mais populares.
O consórcio é a união de pessoas físicas ou jurídicas que contribuem, geralmente todo mês, com uma quantia para um fundo comum. Ele é usado para a aquisição do bem de todos os participantes por ordem de sorteio ou por lance.
André Marini, especialista em consórcio de imóveis e diretor da Ademilar, explica a diferença entre sorteio e lance. No consórcio, a pessoa participa de um sorteio pela Loteria Federal e, quando sai o seu número, pega o crédito. No caso do lance, a pessoa oferta uma quantia. As mais altas recebem o crédito.
Uma das facilidades é que o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pode ser usado no lance ou para complementar o crédito, para compra de um imóvel mais caro.
Já o financiamento pode ser feito com recursos do FGTS, do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) ou direto com as construtoras. O comprador solicita um crédito que é pago com parcelas, com juros e correção monetária. Nesse caso, o comprador também pode usar o FGTS como entrada, para amortizar o saldo devedor ou quitar parcelas.
Já o financiamento tem como grande vantagem a garantia de já ter o imóvel e não precisar esperar o sorteio, afirma Kfuri. Se você já tem um imóvel definido, compra imediatamente. O mercado está bem mais atrativo pela queda das taxas e condições melhores.
Para Marini, o grande benefício da modalidade é a taxa de administração, que ele afirma ser irrisória em comparação aos juros do financiamento. Além disso, o método permite que, em caso de venda, a dívida seja passada para o novo dono. No caso do financiamento ele precisa ser quitado antes de passar o imóvel para o nome de outra pessoa, explica.
André Marini acrescenta que o consórcio é um método bom para quem quer uma aposentadoria imobiliária. A pessoa é contemplada, aluga o imóvel e com o aluguel paga o restante. Enquanto isso, pode entrar em outros consórcios e fazer o mesmo esquema.
A escolha entre um ou outro depende do perfil do comprador, explica o consultor imobiliário José Luiz Kfuri. O financiamento é para quem quer morar de imediato. Você sai do aluguel e paga um tempo o imóvel, mas ele é seu. O consórcio é para quem não tem tanta pressa e consegue fazer uma poupança. Assim, forma uma carta de crédito que pode ser trocada pelo imóvel que desejar.
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