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Dá para comprar um apê sem o valor de entrada?

Dá para comprar um apê sem o valor de entrada?

Negócio é possível quando o apartamento está na planta. Nesse caso, o comprador pode parcelar o valor que seria pago de entrada durante a construção

Publicado em 14 de novembro de 2019 às 16:26

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Quem não tem poupança não precisa adiar o sonho da casa própria. É possível adquirir um imóvel na planta diretamente com a construtora ou com a cooperativa. (Pixabay)

Quem está pensando em adquirir um imóvel, mesmo que financiado, precisa ter uma quantia considerável para pagar o valor de entrada. Isso acontece porque, via de regra, as instituições financeiras não financiam 100% do valor de um imóvel. Para ceder o crédito, solicitam de 20% a 30% do valor como entrada, podendo ser até mais, levando em consideração que a parcela do financiamento pode comprometer, no máximo, 30% da renda mensal familiar. Mas, afinal, quem não tem poupança precisa adiar o sonho da casa própria?

A resposta é não. Há uma alternativa: é possível adquirir um empreendimento na planta diretamente com a construtora ou com a cooperativa, sem o valor de entrada, e pagar as parcelas ao longo da obra, que dura cerca de 36 meses. Quando a construção estiver concluída, o comprador pode financiar o montante que resta com um banco.

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É interessante que as pessoas tenham visão de curto, médio e longo prazo. Vale verificar o próprio perfil financeiro, se é uma pessoa que gasta muito ou se é controlada financeiramente. Além disso, se tem poupança ou reservas financeiras. Os compradores precisam ter em mente em quantos anos desejam quitar a dívida e saber qual valor de taxa de juros desejam pagar, além de quanto a receita permite pagar de prestação

Francisco Rodrigues
Economista e educador financeiro
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Segundo ele, mesmo que os compradores apostem na compra sem o montante de entrada, eles precisam ter ideia se poderão usar alguns recursos de abatimento, como o sistema de amortização constante, ou se preferirão pagar prestações fixas ou com valores diferentes ao longo do contrato. “Vale a pena comprar dessa forma se tiverem uma estratégia muito bem definida”, indica.

O economista da G2W Investimentos, Thiago Ninaut, explica que as vendas sem os valores de entrada são mais atípicas, ainda que sejam viáveis. “A grande oferta é de imóveis usados e, nesses casos, se faz necessário o pagamento de uma entrada que pode variar de 20 a 30%. Recomendamos sempre financiar o menor valor possível. No entanto, se o comprador conseguir um o valor de parcela do imóvel 100% financiado menor que o aluguel, ou aproximado, vale encará-lo”.

ALTERNATIVAS

Atualmente, algumas modalidades de financiamento facilitam o processo de aquisição. Uma delas é o Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal. Para as famílias com renda de até R$ 1.800,00, a Caixa oferece um financiamento de até 120 meses, com prestações mensais que variam de R$ 80,00 a R$ 270,00, conforme a renda bruta familiar. Para as que possuem renda de até R$ 2.600,00, é possível adquirir um imóvel com taxas de juros de apenas 5% ao ano, prazo de 30 anos para pagar e subsídios de até 47,5 mil reais.

Se a família tem renda bruta de até R$ 4.000,00, dá para conseguir subsídios de até R$ 29.000,00. O Programa Minha Casa Minha Vida também oferece taxas de juros diferenciadas em relação ao mercado para as famílias com renda bruta de até R$ 7.000,00. Anteriormente, era possível financiar 100% do valor do imóvel pela Caixa quando o cliente comprador era servidor público. A nova linha de crédito da Caixa possui juros entre 2,95% e 4,95% ao ano, mais a inflação oficial do país, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Esse modelo permite o financiamento até 80% do valor de imóveis novos e usados, com prazo de até 360 meses.

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Além disso, é possível apostar no Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), sistemas bastante utilizados nas atuais concessões de financiamento imobiliários no país. Há ainda a opção pró-cotista, que usa utiliza os recursos do Programa Especial de Crédito Habitacional ao Cotista do FGTS, entre outras possibilidades.

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