Com a aprovação do projeto Casa Verde e Amarela pelo senado em dezembro do ano passado, muitas pessoas ainda se questionam o que muda com o novo programa habitacional do governo federal. Idealizado pelo governo Bolsonaro, o projeto substitui o Minha Casa Minha Vida (MCMV) com alterações nas taxas de juros, nas faixas de renda e nas modalidades de atendimento.
Assim como o MCMV, lançado em 2009, o novo programa habitacional tem como objetivo garantir o acesso à moradia digna à população e melhorar a qualidade de vida desses brasileiros.
Para o diretor do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon) Joacyr Meriguetti, as mudanças realizadas no programa não foram muito expressivas. Entretanto, ele afirma que é sempre válido destacar a importância dos projetos habitacionais para o país.
Joacyr também ressalta que o programa é um grande mecanismo de geração de emprego, renda e necessidade para muitas famílias.
“O projeto Casa Verde e Amarela é, basicamente, uma continuidade do Minha Casa Minha Vida. O que é importante porque dá segurança ao setor. No Brasil há um déficit de 8 milhões de unidades e um grande mercado consumidor. Sentimos na ponta uma retomada da economia e o aumento da procura desse tipo de imóvel”, explica Joacyr.
Esse reaquecimento do setor imobiliário já pôde ser sentido em 2020, mesmo com a pandemia da Covid-19. Para o diretor da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Estado do Espírito Santo (Ademi-ES) Eduardo Fontes, o programa atende a uma cadeia produtiva e as expectativas para o setor, neste ano, são as melhores.
“O ponto alto é a continuidade de um programa que beneficia muitas famílias no Espírito Santo. As condições de pagamento são vantajosas, já que é muito difícil ter uma grande quantidade de estoque pronta para esses empreendimentos, além de possuírem os menores juros do mercado imobiliário”, destaca Fontes.
O Casa Verde e Amarela promove a redução nas taxas de juros e altera a remuneração dos agentes financeiros. O novo programa também atende a novas modalidades, além das construção de unidades habitacionais.
O novo programa habitacional altera as faixas de renda do MCMV e transforma em grupos. Sendo o primeiro grupo para famílias com renda até R$ 2 mil; o segundo entre R$ 2 mil e R$ 4 mil; e o terceiro, famílias com renda de R$ 4 mil a R$ 7 mil.
Com a mudança da inflação no país, os juros também precisaram ser alterados. Os novos valores consideram a faixa de renda e a localidade das unidades, além de taxas menores para as regiões Norte e Nordeste do país e aumento no limite do valor dos imóveis financiados.
Além da produção habitacional, o novo programa habitacional também atende a novas modalidades. O Casa Verde e Amarela deve conceder os títulos de direito real dos lotes familiares, com o objetivo de reduzir conflitos fundiários, conceder segurança jurídica e estimular a formalização dos patrimônios no Brasil.
Os integrantes do Grupo 1 também poderão ser atendidos, caso selecionados, para aproveitar os investimentos e aplicar na reforma do imóvel, como ampliação do empreendimento, construção de banheiros e outros tipos de atendimento. É necessário estar inscrito no CadÚnico, ser maior de 18 anos e não possuir outros imóveis.
Com o setor imobiliário capixaba se aquecendo novamente, algumas construtoras já preparam lançamentos, assim como já integram alguns empreendimentos no projeto Casa Verde e Amarela.
Localizado em Jardim Limoeiro, na Serra, o empreendimento tem apartamentos de 2 quartos e 2 quartos com suíte, varanda em todas as unidades e será entregue com piso cerâmico em todos os ambientes. Lazer com piscina, salão de festas, churrasqueiras, parquinho, quadra recreativa, horta compartilhada e academia. Terá segurança e um edifício garagem com 221 vagas cobertas para os moradores. A entrada pode ser parcelada em até 60 vezes.
Com previsão de lançamento para o início de 2021 na Serra, o Via Mar totalizará 300 apartamentos, sendo unidades de 2 quartos com varanda e de quarto e sala. O condomínio residencial traz também apartamentos localizados no térreo com quintal privativo e outras unidades adaptadas para portadores de necessidades especiais. A partir de R$ 169 mil.
Com unidades de 2 quartos e próximo à faculdade UCL em Manguinhos, na Serra, o Vila de Itapuã tem lazer com salão de festas, playground, espaço gourmet e bicicletário. Os apartamentos estão sendo vendidos a partir de R$ 167.978.
Com opções de 2 e 3 quartos, o Vista Jardim fica localizado em Jardim Limoeiro, na Serra, e tem lazer com quadras, piscinas para adultos e crianças, salas de ginásticas e outros espaços recreativos. Os apartamentos têm valores a partir de R$ 152.595. Com entradas de até 72 vezes e parcelas começando em R$ 499.
Localizado em Santa Paula, Vila Velha, as unidades do Vista da Barra contam com apartamentos de 2 quartos. Lazer com piscina adulto, piscina infantil, solarium, quadra recreativa, parquinho, churrasqueira, salões de festas aberto e fechado, sala de ginástica, praça e bicicletas compartilhadas. Além de áreas de segurança com guarita para porteiro, tem circuito de TV fechado e gravação de imagens digitalizadas. Com entrada em até 72 vezes e parcelas a partir de R$ 499, as unidades têm valores começando em R$ 159.716,00.
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