Localização, tamanho, quantidade de quartos, estrutura de lazer e, principalmente, se o valor cabe no bolso. Esses são alguns fatores levados em consideração na hora de comprar um imóvel.
A oferta de financiamento pelos bancos é uma alternativa para quem não tem possibilidade de comprar a casa própria à vista, e as quedas recentes nas taxas de juros favorecem essa opção. Mas especialistas alertam que é preciso cautela antes de assinar o contrato.
O economista e professor universitário Ricardo Paixão, orienta que se faça muita pesquisa, antes da decisão, já que é uma compra que pode gerar impacto por até 30 anos.
O primeiro passo, para casais com filhos, é reunir a família e conversar. Isso é importante, porque a aquisição do imóvel é um investimento que vai comprometer o orçamento da família durante um período longo. É preciso que todos entendam como prioridade, orienta.
O segundo passo, segundo ele, é uma pesquisa para indicar tamanho e valor do imóvel, opções de localização, avaliar se o valor do metro quadrado está dentro da realidade local e se a estrutura da região atende a família.
Para saber se as parcelas estão compatíveis com o orçamento, um caminho é fazer simulação nos sites dos bancos. É importante entender as tarifas cobradas e a diferença entre taxa de juros e custo efetivo total (CET). O CET envolve todos os outros elementos que na primeira informação podem não ser destacados. Às vezes, os juros num banco são menores, mas outros itens, como o seguro obrigatório, impactam no valor das prestações, afirma Ricardo.
Segundo ele, é importante também se inteirar sobre o sistema de amortização da dívida: os mais comuns são a tabela Price e o sistema de Amortização Constante (SAC). No primeiro, as parcelas são fixas, embora o contrato preveja correção do saldo devedor, e a prestação pode sofrer uma pequena variação. Já no sistema SAC, as prestações diminuem ao longo do tempo.
O especialista em crédito e mercado imobiliário Marcelo Prata, fundador da Resale, uma plataforma de compra de imóveis retomados, indica uma pesquisa prévia de todos os produtos de crédito disponíveis.
Prata observa que, recentemente, foi lançada uma linha de crédito mais barata, com o valor corrigido pelo IPCA, que mede a inflação. Mas, normalmente, o financiamento é corrigido pela TR, que é bem menor que a inflação. No CET, não dá para considerar a correção, ele engloba juros, seguros e taxas. No final das contas, mesmo o CET sendo menor, minha sugestão ainda é optar pelo financiamento corrigido pela TR.
Para quem quer sair do aluguel, a dica do consultor é juntar dinheiro para dar uma entrada maior, e a prestação ficar parecida com o que paga de aluguel.
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