Com os pequenos passando mais tempo em casa, devido ao isolamento social, o quarto agora é mais do que um espaço de descanso. Durante a pandemia, esse ambiente foi redescoberto como refúgio para brincadeiras e lugar de estudos das aulas on-line. Por isso, mais do que nunca, a decoração precisa andar de mãos dadas com a funcionalidade.
“Acredito que o maior desafio, atualmente, é fazer um projeto que atenda todas as necessidades de forma harmônica. Hoje os ambientes estão muito mais utilizáveis, não é apenas para ficar bonito”, comenta a arquiteta Karina Alonso, da SCA Jardim Europa.
Ou seja, além de pensar nos elementos decorativos, a organização precisa contribuir no conforto e na produtividade. Sendo assim, as tendências atuais já incluem mobiliários que podem ser utilizados por mais tempo.
“Atualmente, as pessoas querem investir em um quarto que possa ser adaptado com o passar do anos. O investimento acaba sendo um pouco maior, é claro, mas a longo prazo é a alternativa mais econômica”, destaca o designer de interiores Regilano Dornelas.
Esse foi o caso da designer de modas Rafaella Saar. Na hora de decorar o quarto do pequeno Thomas, a mamãe de primeira viagem conta que procurou a ajuda de um profissional para investir em um ambiente que pudesse ser reaproveitado.
“Percebi que não valia a pena investir muito alto em algo que seria desmontado em pouco tempo. Por isso, comprei um berço que vira cama, uma cômoda que pode ser utilizada por mais tempo e um guarda-roupa que também pode ser reaproveitado. Queria economizar fazendo algo funcional”, relata Rafaella Saar.
Para a decoração, a designer de modas apostou em tons mais neutros com referências do estilo escandinavo. Ela também conta que apesar da dificuldade de conseguir alguns materiais, devido a pandemia, ficou muito feliz com o resultado. O quarto, entretanto, ainda não foi finalizado, mas deve ficar pronto nos próximos dias para receber o Thomas.
“Acho que com a pandemia passamos a valorizar mais os cantinhos da casa. Por isso, é importante pensar em como tornar esse ambiente agradável. Não é mais apenas um espaço para dormir, agora ele é mais do que nunca utilizável”, comenta a arquiteta Karina Alonso.
Para manter o ambiente adaptável, uma dica é utilizar cores neutras nas paredes. Tonalidades mais fortes podem ser exploradas nos elementos decorativos e adornos, característicos de quartos infantis. Assim, é mais fácil manter a harmonia do espaço e modificá-lo com o tempo.
Para economizar, o ideal é investir em mobiliários funcionais. Apesar do custo ser um pouco maior, eles podem ser reaproveitados. Trocadores, por exemplo, com o tempo podem ser transformados em uma bancada para estudos.
Nichos, prateleiras, estantes aéreas e baús são elementos indispensáveis para manter a organização do quarto. Além de acomodar os brinquedos, eles podem dar lugar a livros e roupas de cama, por exemplo.
Para crianças maiores, é interessante trabalhar com o estilo montessoriano. Nesses modelos, o ambiente é projetado para que tudo esteja ao alcance dela, desde os espelhos até os puxadores. Isso permite que o pequeno se envolva no ambiente e possa aprender sozinho como organizá-lo.
É preciso observar a rotina para entender quais serão as prioridades. Alguns móveis como berço e trocador, são indispensáveis, mas outros elementos podem ser adaptados de acordo com o cotidiano dos pais e da criança.
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