Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostram que no ano passado o financiamento imobiliário no Brasil atingiu o montante de R$ 255 bilhões. E a expectativa da entidade é de que esse número tenha um crescimento de mais 2% este ano, atingindo a cifra de R$ 260 bilhões.
Para o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Estado do Espírito Santo (Ademi-ES), Eduardo Fontes, isso é reflexo das taxas de juros ainda atraentes, principalmente quando comparadas à Selic, que teve um aumento de 453% do início de 2021 para cá.
“A Selic passou de 2% para 11,75%, representando um incremento de 453%. Já a menor taxa de juros do financiamento imobiliário passou de 6,25% para 7,99%, um aumento de apenas 28%. Ou seja, mesmo com esse atual patamar, o crédito imobiliário continua com taxas competitivas. Tanto é que nos primeiros três meses do ano, o volume de crédito se manteve nos patamares do ano passado”, afirma.
Um exemplo disso é a Caixa, que no primeiro trimestre deste ano já registrou R$ 34,4 bilhões de contratações de crédito imobiliário. Esse número não só mostrou que a busca por crédito imobiliário continua constante, mas que também aumentou, já que o valor dos três primeiros meses deste ano superaram em 17,88% o do mesmo período em 2021.
O banco é uma das instituições que participam do 28º Salão do Imóvel Ademi-ES, que vai até o dia 8 de maio, em formato virtual, trazendo mais de 4 mil unidades com valores partindo de R$ 58 mil.
Outra instituição que participa do evento é o Banestes, que está com taxa de financiamento imobiliário fixa de 7,99% ao ano + taxa referencial (TR) exclusiva para negócios fechados no Salão, até o dia 31 de maio.
O Sicoob também marca presença no evento, permitindo financiamento de até 80% do valor do imóvel em até 360 meses para associados do banco. “Nós trabalhamos com algumas das taxas mais vantajosas do mercado para que o associado tenha mais facilidade no alcance de suas metas. A expectativa é de que muitos negócios sejam fechados até o final do evento, superando os resultados de 2021”, destaca o gerente de Crédito e Agronegócio do Sicoob ES, Eduardo Ton.
Para o executivo da Gava Crédito Imobiliário, Ricardo Gava, é importante, antes de escolher uma modalidade de financiamento imobiliário, ter de forma clara quais as condições do mercado e analisar as melhores condições dentro de cada perfil.
“O ideal é não fazer a simulação de crédito em apenas uma instituição. Por isso, o recomendado é buscar uma assessoria especializada, que encontre todas as opções do mercado, que analise o perfil do cliente e oriente com relação ao banco que apresenta o menor custo efetivo total. Esse custo é a soma de tudo o que compõe a parcela, como o seguro, as taxas de juros e a anuidade”, orienta.
Ainda segundo Gava, ao observar a composição das parcelas, o cliente pode chegar à conclusão de que o financiamento com a menor taxa efetiva não significa que será o menor custo total. “Hoje, existem taxas a partir de 7,99% e mesmo após a contratação do financiamento, o cliente pode pedir a renegociação ou a portabilidade para aproveitar taxas mais baixas”, diz.
Para quem está em busca de um financiamento, siga o passo a passo a seguir e entenda cada uma das etapas para não errar na hora de contratar o crédito imobiliário e o que deve ter preparado para cada uma dessas fases.
Aqui é onde começa toda a jornada da escolha do crédito imobiliário. O ideal é não fechar com a primeira instituição bancária e sim pesquisar todas as taxas e outros componentes que fazem parte da mensalidade (juros, seguro, anuidade). Isso vai ajudar a decidir pela opção mais vantajosa para o cliente.
Com a escolha da instituição financeira e do tipo do financiamento, é a vez de fazer a análise do crédito. É nesta fase em que o comprador fica sabendo se tem condições de arcar com o valor do financiamento, qual o valor das parcelas e em quanto tempo. Portanto, antes dessa fase, é necessário se organizar financeiramente para conseguir pagar as parcelas.
Como o imóvel é a garantia da operação de crédito, a instituição financeira enviará um profissional qualificado ao imóvel para fazer a avaliação. Será verificado se o imóvel negociado está com o preço de mercado e se está em condições de moradia.
Nesta fase, o banco vai analisar todas as partes do contrato, assim como a documentação do comprador, vendedor e se o imóvel está com tudo em dia. Essa fase garante a idoneidade de todas as partes que estão no negócio, inclusive se o imóvel está regularizado.
Penúltimo passo no financiamento, e tão importante quanto os demais, é aqui que as partes selam o acordo e o contrato do financiamento é lido.
O último passo de um financiamento é o registro do imóvel. Este é feito junto aos órgãos competentes: cartório e prefeitura. Depois de pagas as taxas exigidas para a transferência de posse, o cartório emite a documentação atualizada. Isso leva em torno de 30 dias. E é nesta fase que o comprador precisa prestar atenção, já que é preciso desembolsar dinheiro para as taxas. Se a pessoa não fez uma previsão ou gastou tudo na entrada do imóvel, ela pode ter problemas aqui em conseguir fazer o registro do imóvel ou ter que recorrer a um empréstimo, por exemplo. É nesta etapa que o valor do financiamento é transferido para o vendedor.
Fonte: Ricardo Gava, executivo da Gava Crédito Imobiliário
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