Decidir fazer uma obra dentro de casa, para alguns, é sinônimo de dor de cabeça. Não é para menos, já que pode haver problemas, como estourar o orçamento, perder o controle dos prazos e ainda ter resultados indesejados, que causem transtorno, retrabalho e prejuízo. Mas é possível evitar estresse. Especialistas indicam o passo a passo para ajudar quem deseja iniciar essa empreitada.
O engenheiro civil José Márcio Martins, consultor do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-ES), afirma que o primeiro passo é contratar profissionais de arquitetura e engenharia, para elaborar o projeto. Obra planejada, projetada e acompanhada por profissionais habilitados fica legalizada, segura, confortável, durável, mais bonita e mais econômica. Edificações não planejadas são ambientes de desperdício financeiro, desconforto, vícios de construção, insegurança e insalubridades que afetam a saúde física e mental das pessoas.
Ele explica que o profissional deve orientar o cliente sobre a legislação urbanística do município e sobre os aspectos técnicos envolvidos. Também deve ser feita uma consulta aos projetos originais do imóvel e, na falta deles, uma vistoria para levantar as condições da estrutura, instalações hidrossanitárias e elétricas, entre outras. Aprovado o projeto, a prefeitura emitirá o Alvará de Licença de Construção. José Márcio explica que, conforme o porte e o uso da edificação, é preciso projeto de prevenção e combate a incêndio e pânico junto ao Corpo de Bombeiros.
Para a engenheira civil e designer de interiores Elisângela Nobre, o projeto é essencial. Se todos tivessem um projeto, teriam menos dor de cabeça com reformas.
O primeiro passo é buscar o serviço técnico de profissionais de arquitetura e engenharia, que vão orientar sobre o que se quer construir, ampliar ou reformar. E dar orientação sobre a legislação urbanística do município.
Seja de uma ambientação ou algo mais completo, a elaboração do projeto arquitetônico é essencial, pois é quando serão definidas as dimensões dos ambientes, ventilação, iluminação natural, os revestimentos e a harmonia das formas e volumes do imóvel. Em seguida, deve ser feita uma consulta aos projetos originais do imóvel e uma vistoria para levantar as condições da estrutura, das instalações hidrossanitárias, elétricas e outras.
O projeto arquitetônico deve ser aprovado pela prefeitura local, que emitirá o Alvará de Licença de Construção. Conforme o porte e o uso da edificação, é necessário apresentar e aprovar projeto de prevenção e combate a incêndio ao Corpo de Bombeiros. Outro ponto importante, dependendo de onde é a reforma - apartamentos ou salas comerciais -, é ter em mãos a documentação necessária para que o condomínio libere. Hoje, é necessário que tenha Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs) ou Registro de Responsabilidade Técnica (RRT).
Nesse pacote, devem ser incluídos o orçamento da obra, descrevendo os quantitativos, especificações e preços dos materiais e mão de obra. Com o projeto, é possível colher os orçamentos de todos os profissionais envolvidos.
É definido o cronograma físico-financeiro da obra. Nesta etapa, será feito um planejamento para se ter ideia do tempo que será levado em cada etapa da obra. A partir daí, é só começar.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta