Comprar um imóvel é algo que requer planejamento. Afinal, trata-se de um investimento considerável e a longo prazo, no caso de um financiamento. Para quem deseja dar esse passo ainda neste ano, é preciso se preparar, mas especialistas dizem que é possível.
Se o desejo é se mudar imediatamente, para uma casa ou apartamento pronto, é preciso ter em mente que será necessário ter, pelo menos, 20% do valor para a entrada. Se ainda não tem essa poupança, um caminho pode ser a compra na planta, onde tem a opção de pagar uma entrada de 5% a 10%, diluir de 30% a 40% no período da construção, e financiar o restante, orienta o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-ES), Sandro Carlesso.
Se a obra estiver em fase de conclusão, é importante se preparar para uma parcela maior, referente ao habite-se certificado de conclusão do empreendimento emitido pela prefeitura, atestando que o imóvel pode ser habitado. O valor do documento representa de 5% a 10% do preço do imóvel.
Também para quem está planejando um financiamento, o primeiro passo, segundo Carlesso, é fazer uma simulação, geralmente disponível nos sites dos bancos, para saber qual a capacidade de pagamento. Pode também ir até o gerente de sua conta e buscar essa informação, que vai depender da renda, do valor do imóvel e das prestações. É importante focar a procura por imóveis que estejam dentro dessa capacidade de compra, explica Carlesso.
Normalmente, o valor das prestações não pode ultrapassar 30% da renda bruta da família. O presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis (Sindimóveis-ES), Ary Bastos, observa que o ideal é estar com outras dívidas quitadas nesse momento. Com a chegada do fim do ano, o 13º salário pode ajudar nesse planejamento, seja para quitar dívidas ou contribuir para o valor da entrada.
O agente financeiro vai avaliar se o interessado tem outros compromissos que comprometam a renda, como empréstimos e financiamento de veículo. Se couberem no orçamento e estiverem em dia, tudo bem.
Bastos acrescenta que é importante também pesquisar onde deseja morar ou investir. É preciso avaliar muito o aspecto local, qual a estrutura do bairro, e se atende às necessidades da família em todos os aspectos, como lazer, serviços, educação, comércio próximo. Tudo que possa otimizar o tempo e garantir mais qualidade de vida.
Ele ressalta que esse momento de baixa da taxa Selic favorece quem deseja fazer um investimento em imóveis, seja para morar, seja para ter retorno com a valorização. Para isso, é importante selecionar uma boa localização e ter bem definida sua capacidade financeira, para obter um bom retorno, destaca o corretor.
Ao financiar, é preciso dar entrada de 20% do valor do imóvel. Na compra na planta, o valor à vista pode ser menor, de 5% a 10% do imóvel. O restante é diluído durante a obra
Faça uma simulação para saber qual a capacidade de pagamento, ou seja, até quanto pode custar o imóvel e as prestações. É possível usar o FGTS para abater parte do valor financiado
As prestações podem chegar a 30% da renda bruta familiar do comprador. Mas é preciso ter atenção: nesse cálculo, são incluídas outras dívidas, como financiamento de veículo e empréstimos
Reserve dinheiro para despesas como documentação, em torno de 5% do valor do bem, e parcela referente ao Habite-se, de 5% a 10% do preço do imóvel.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta