As plantas se tornaram parte da decoração dentro de casas e apartamentos. Além de embelezar, elas trazem leveza e um ar natural para o ambiente. Apesar da diversidade, existem alguns fatores que precisam ser levados em consideração na hora de fazer a escolha da espécie. Arquitetos e paisagistas recomendam as chamadas “plantas de sombra” para apartamentos. Essas plantas se desenvolvem sem a incidência direta da luz solar e necessitam de pouca claridade.
No entanto, é preciso ter cuidado. De acordo com o paisagista Paulo Carvalho e o arquiteto e urbanista João Paulo Dominguez Carvalho, apesar de necessitar de pouca claridade, é importante ressaltar que todas as plantas necessitam de luz, o que varia é justamente a quantidade e a intensidade.
"Se tomarmos como exemplo uma floresta tropical, vamos observar que as árvores mais altas possuem seu desenvolvimento justificado pela necessidade de receber muita luz direta. Por outro lado, outras se desenvolvem com menos altura pelo mesmo princípio, já que precisam de luz em quantidade e intensidade menores. É assim até chegarmos ao nível do solo, onde se desenvolvem apenas as espécies que precisam de pouca quantidade de luz. Dessa maneira, as várias camadas de vegetação representam, dentro dessa lógica, o gradiente de luz que é filtrado nesse tipo de ecossistema. Da mesma forma são as plantas ornamentais que utilizamos no interior das edificações. Há espécies que necessitam de maior quantidade de luz ou claridade e outras menos", explica o paisagista Paulo Carvalho.
As plantas podem ser colocadas em ambientes com uma boa iluminação e ventilação, que podem ser uma sala de estar, uma varanda, terraço, poço de luz, cozinha ou banheiro. Via de regra, o principal cuidado, que é o básico, é com relação às regas.
"Existem plantas como a Epipremnum pinnatum, popularmente denominada de Jiboia, que gostam de muita água, logo, uma porção diária é recomendável, mas sem excessos. Já o Spathiphyllum wallisii, conhecida como Lírio da Paz, uma rega a cada dois dias supre sua necessidade, a propósito, essa planta deve ser disposta em um local que receba boa iluminação sem ser diretamente. Um 'termômetro' bastante interessante para saber se há a necessidade de rega para a maioria das plantas é inserir o dedo na terra. Se o dedo sair com terra grudada, não há necessidade de mais água, mas se sair seco, sem terra, então a indicação é efetuar a rega", explica o arquiteto e urbanista João Paulo Dominguez Carvalho.
O engenheiro agrônomo José Antonio Bissoli Filho explica sobre algumas regras básicas para ter plantas saudáveis e cada vez mais bonitas dentro de casa. Confira abaixo:
O local indicado para plantas em ambientes internos são varandas e, quando dentro de casa, elas devem ficar próximo a alguma janela. À medida que as plantas vão ficando afastadas de janelas, logo, com menor luminosidade, a tendência é que a planta vá definhando com o passar do tempo.
Apesar do uso de ar-condicionado ressecar um pouco o ambiente, estes locais podem ter plantas naturais sim, desde que tenham muita luminosidade natural.
Como regra geral, a melhor forma de regarmos as plantas é tocando no solo. Caso a terra esteja seca, é necessário molhar e, caso esteja úmida, não precisa regar. Isso porque há o risco da planta apodrecer. Dessa forma, não existe regra fixa, como por exemplo, duas ou três vezes por semana, pois varia de acordo com o local, presença de vento, tipo de planta e de solo. Na verdade, é preciso analisar a planta e o solo e, a partir daí, ver sua necessidade.
Cuidado com o excesso de adubo! O recomendado é dar mais atenção aos adubos orgânicos do que aos químicos, e sempre seguir a recomendação da embalagem.
Fonte: engenheiro agrônomo José Antonio Bissoli Filho
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