O projeto de arquitetura de interiores pede atenção em todos os detalhes. Quando a obra está quase sendo finalizada, entra a etapa do acabamento. O piso e as paredes de cada cômodo merecem atenção não só para o estilo de decoração, mas também a qualidade do material e se ele é aplicável em determinadas situações.
Os revestimentos devem ser pensados com antecedência, já que serão definitivos no ambiente. Sempre digo para meus clientes que a decisão precisa ser ajustada com muita certeza, já que uma possível troca implica em uma nova obra, explica a arquiteta Karina Korn.
Nos projetos que realiza, a profissional explica que o processo de escolha tem início na análise que realiza com os futuros moradores. Compreender os desejos, as predileções e o alinhamento de expectativas é o primeiro passo. Olhar o ambiente como um todo também é outro caminho muito bacana. Com o estilo de decoração adotado, vamos eliminando o revestimento que não cabe para aquele cômodo.
De acordo com a arquiteta e consultora de produtos da Composé, Amanda Daleprani, é preciso levar em conta fatores que vão além da estética e custo. Entre os principais fatores a serem levados em conta está a funcionalidade do cômodo, se é uma área de grande movimentação cotidiana, área seca ou molhada, a durabilidade que se espera daquele material, a instalação, que tipo de trabalho demandará para instalar o piso e a manutenção que deve ser dada, que já começa na limpeza, destaca.
Ricardo Neves, supervisor de vendas da Roca Brasil Cerâmica, explica que o processo de escolha de um produto de qualidade depende da boa orientação do fabricante sobre seu produto. O consumidor precisa saber, antes de tudo, sobre onde esse revestimento pode ser aplicado. Cada fabricante tem uma tabela que indica a durabilidade de acordo com a circulação de pessoas. Também deve haver a descrição do coeficiente de atrito que mede a aspereza do produto.
Tal orientação também ajuda o consumidor a levar a melhor opção sem conflitar com o gosto pessoal. Hoje a gente separa por ambiente de aplicação. Muitos produtos conseguem trabalhar o mesmo conceito para ambientes diferentes com revestimentos diferentes, declara Ricardo.
Ainda segundo Ricardo, o quão áspero um revestimento é garante a segurança das pessoas que utilizam os espaços. O porcelanato polido é bem liso e muito famoso, devido ao baixo coeficiente de atrito não é indicado para ambientes externos devido à alta probabilidade de queda, exemplifica.
A arquiteta Amanda Delaprani recomenda o uso do porcelanato para todos os tipos de ambiente de alta circulação, mas orienta que o consumidor escolha entre os seus três tipos: polido, antiderrapante e natural. Para ambientes comerciais onde o fluxo tem maior intensidade é indicado um porcelanato técnico, que apresenta maior resistência ao desgaste.
Amanda também orienta a observação de quem vai usar o espaço. Para que tem bichinhos de estimação, por exemplo, a especialista sugere pisos não muito lisos, para que eles não escorreguem. A utilização de pisos vinílicas, laminados e porcelanatos naturais é uma boa opção para a parte interna da casa, explica a arquiteta sobre casas com crianças e idosos.
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