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Unidades de alto padrão são as mais procuradas no Salão do Imóvel

Unidades de alto padrão são as mais procuradas no Salão do Imóvel

Imóveis com preços mais altos superaram a busca por apartamentos populares e econômicos do programa Casa Verde e Amarela

Publicado em 25 de maio de 2022 às 16:55

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Imagens de drone da Enseada do Suá
Enseada do Suá: imóveis de alto padrão foram os mais procurados durante 28ª edição do Salão do Imóvel. (Luciney Araújo)

Imóveis com valores mais altos superaram a busca por unidades econômicas durante a 28ª edição do Salão do Imóvel da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Estado do Espírito Santo (Ademi-ES). Segundo levantamento da associação, divulgado nesta quarta-feira (25), 31,9% do público buscou imóveis com preços de R$ 601 mil a R$ 1 milhão, seguido pelas unidades de R$ 451 mil a R$ 600 mil, que totalizaram 21% das intenções de compras.

Já os imóveis mais populares, dentro do programa Casa Verde e Amarela, com preço até R$ 240 mil, ficaram com 15% das buscas. Um cenário diferente da edição do salão realizada em 2020, quando os imóveis populares representaram a maior procura, atingindo 53,9% das pesquisas no portal.

31,9%
DO PÚBLICO BUSCOU IMÓVEIS COM PREÇOS DE R$ 601 MIL A R$ 1 MILHÃO

Para o presidente da Ademi-ES, Eduardo Fontes, a mudança é reflexo do atual cenário econômico do Brasil, mas também da crise de insumos que assola todos os setores. Com isso, o valor da construção fica mais alto, tornando-se inviável economicamente para que uma construtora invista em um projeto dentro do programa Casa Verde e Amarela, sem repassar os reajustes nas prestações.

“O Casa Verde e Amarela continua sendo bastante procurado, mas o preço subiu e a renda de quem compra esse tipo de empreendimento, reduziu. As vendas continuam sendo superiores à quantidade de lançamentos, pois é onde está hoje o déficit de moradias, mas houve uma queda de novos empreendimentos desse perfil em função dos custos e insumos”, explica.

Segundo Fontes, o setor de imóveis econômicos tem passado por uma redução da quantidade de lançamentos por causa desses altos custos e só deve voltar ao mesmo ritmo de dois anos atrás, antes da pandemia, apenas quando o cenário de fornecimento de matérias-primas e insumos para a construção voltar a se estabilizar.

A edição deste ano do Salão do Imóvel, que aconteceu de 29 de abril a 8 de maio, foi totalmente on-line e contabilizou 62.942 mil visitantes, um crescimento de 36% em relação à versão de 2020, quando o evento registrou 40 mil visitas únicas no portal.

ALTO PADRÃO MAIS BUSCADOS

Por outro lado, os imóveis de alto padrão destacaram-se nas buscas, já que, segundo Fontes, o comprador entendeu que a valorização imobiliária continua e que os preços dificilmente vão baixar alavancados pelo atual cenário econômico. “É um amadurecimento e uma percepção de conhecimento por parte dos compradores”, afirma.

Matéria - Unidades de alto padrão são as mais procuradas no Salão do Imóvel
Edição deste ano do Salão do Imóvel foi completamente on-line e teve mais de 62 mil visitantes. (Ademi-es/Divulgação)

Outra mudança percebida na edição 28 do Salão do Imóvel, é a de que o evento agora é uma plataforma de fechamento de negócios. Se antes, ainda na época em que o salão era presencial, o processo de compra se iniciava nele, hoje, em que o Salão é realizado em uma plataforma on-line, o comprador já chega sabendo o que quer comprar, depois de muito pesquisar na internet, representando uma chance maior de fechar negócio.

“O salão do Imóvel se transformou no momento de decisão de compra. Como a venda não é imediata, precisamos divulgar todas as medidas positivas relacionadas ao mercado imobiliário. Por exemplo, abril e maio foram os melhores meses de venda para as empresas participantes do Salão. Tudo contribuiu para a decisão do cliente, já que vinha pesquisando sobre o imóvel que deseja comprar”, explica.

48,6%
DAS BUSCAS FORAM POR UNIDADES DE 2 QUARTOS

Já a tipologia mais buscada continuou sendo a de dois quartos, correspondendo a 48,6% das buscas. Em seguida, estão as unidades de três dormitórios (35,4%) e quatro quartos (7,1%).

Já os lotes tiveram a preferência de 3,8% do público capixaba. Com relação aos municípios de maior interesse do público, Vitória aparece na frente com 49,1%, seguida de Vila Velha (33,5%), Serra (14,2%) e Santa Leopoldina, que aparece com 1%.

Segundo o presidente da Ademi-ES, o quarto lugar da cidade da Região Serrana do Espírito Santo foi gerado pelo interesse repentino do público por conta do anúncio de um único loteamento na região. “Por ser um salão digital, o alcance de um loteamento no interior do Estado acabou gerando o interesse das pessoas, que não aconteceria se fosse feito apenas um lançamento no local”, conta.

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