Vitória foi a campeã em novos lançamentos imobiliários na Grande Vitória, no segundo semestre de 2021. Foram colocados à venda 10 novos empreendimentos na Capital, superando Vila Velha, onde foram lançados cinco. Em terceiro vem o município da Serra, com um lançamento, totalizando 16 novos empreendimentos no período, segundo dados do 38º Censo do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES). Na pesquisa anterior, Vila Velha estava na frente, com 14 lançamentos, enquanto em Vitória foram 11.
A Capital também lidera na quantidade de unidades lançadas: foram 669 no total, seguido de 551 em Vila Velha e 96 na Serra. Por outro lado, Vila Velha ficou à frente das unidades entregues nos últimos seis meses, totalizando 1.193, seguida de Vitória, com 147, e em terceiro a Serra, com 90. Ao todo, foram concluídos de julho a dezembro oito empreendimentos em Vila Velha, quatro em Vitória e dois na Serra.
Para o presidente do Sinduscon, Paulo Baraona, os números demonstram a maturidade do mercado. “Isso traz segurança para quem compra. As empresas estão com uma boa análise de mercado, o que evita que aconteça uma bolha imobiliária. Os lançamentos e entregas de empreendimentos estão bastante equilibrados”, avalia.
Na quantidade de empreendimentos em produção, a Grande Vitória possui 116 residenciais e 11 comerciais, sendo que Vitória também desponta no primeiro lugar, com 51 residenciais e nove comerciais, correspondendo a 44,9% do total na região. Em seguida está Vila Velha, com 47 residenciais e dois comerciais em produção, representando 39,8% do mercado. Em terceiro, vem a Serra, com 15 empreendimentos residenciais (12,7%), seguida de Cariacica, com três residenciais (2,5%).
Ao todo, são 13.778 unidades residenciais e 356 comerciais em produção na Grande Vitória, com destaque para Vila Velha, que corresponde a 46,9% dos imóveis em construção (6.619 residenciais e 7 comerciais). Serra aparece em segundo lugar, com 23,9% (3.377 residenciais), seguida bem de perto por Vitória, com 23,2% (2.924 residenciais e 349 comerciais) e Cariacica, 6,1% (858 unidades residenciais).
Outro índice destacado durante a apresentação do 38º Censo Imobiliário do Sinduscon foi o de velocidade de vendas, com destaque para Vitória, que saltou de 7% para 8,9% nos últimos seis meses. O indicador é um termômetro que considera o percentual de unidades comercializadas em relação ao total de disponíveis.
Segundo o diretor do Sinduscon Eduardo Borges, o resultado é bastante animador para a Capital do Estado, já que nos últimos 14 anos, esse índice oscilou entre 5% e 6%. “Vitória mostra um aquecimento imobiliário, principalmente porque foi alvo de lançamento de empreendimentos de médio e alto padrão nesse período”, diz.
Para os lançamentos econômicos, Viana se destacou na velocidade de vendas, com índice de 14,2%, seguida por Vila velha, com 7,4%. No total, o mercado registrou um índice de velocidade de vendas de 6,4% para empreendimentos de médio e alto padrão e 5,5% para residenciais econômicos. Já os comerciais, registraram um índice de 2%, na média.
“O índice geral de velocidade de vendas dos empreendimentos econômicos se mostrou bem abaixo do esperado, sendo a inflação uma das responsáveis por isso. O preço vem subindo nesse segmento por causa disso, já que as construtoras precisam repassar os custos da produção, que ficaram mais altos”, explica Borges.
No valor do metro quadrado, o Censo registrou valorização no último semestre. Vitória apresentou valores médios de R$ 9.703 para unidades de um quarto; R$ 10.007 para dois quartos; R$ 10.836 para três quartos e R$ 15.078 para quatro dormitórios ou mais. Já em Vila Velha, o valor médio do metro quadrado para unidades de um quarto foi de R$ 6.312; chegando a R$ 7.060 para dois quartos e até R$ 13.081 para imóveis de quatro quartos.
Na Serra, o valor do metro quadrado é menor para imóveis de dois quartos, com média de R$ 4.813, e para quatro quartos, com média de R$ 7.191. Já para empreendimentos comerciais, o município sai na frente quando se fala em lojas, chegando a R$ 17.142 o valor do metro quadrado. Em seguida vêm Vila Velha, com R$ 15.740; Vitória com R$ 14.885 e Cariacica com R$ 10.421.
O Censo do Sinduscon foi realizado por pesquisa direta com 64 empresas que atuam na Grande Vitória (Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica e Viana), que estão produzindo imóveis residenciais ou comerciais em área total superior a 800m². Os índices que aparecem com contagem zerada correspondem a regiões que não atenderam ao critério mínimo de três incorporadoras para divulgação dos dados.
Paulo Baraona deixa o comando da instituição após dois mandatos. Na próxima quarta-feira (30), Douglas Vaz assume a presidência e Leandro Lorenzon, a vice-presidência do Sinduscon.
Vaz destacou a importância do mercado imobiliário para a economia do Espírito Santo. “A construção civil corresponde a 4,5% do PIB do Estado e, em 2019, gerou R$ 5,1 bilhões. O PIB da construção cresceu 35,1% em 2021 e o setor gerou 4,6 mil postos formais de trabalho”, ressalta.
A empregabilidade foi um dos pontos ressaltados pelo novo presidente do Sinduscon: são 52 mil empregos diretos e 139 mil trabalhadores indiretos. Em 2020, foram R$ 90,7 milhões em massa salarial, gerando uma média salarial de R$ 1,9 mil por trabalhador.
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