A pouco mais de um ano, quando o mundo iniciava a batalha contra a Covid-19, o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciava oficialmente o adiamento dos Jogos de Tóquio 2020 para 23 de julho de 2021. Nesta quarta-feira (14), faltam a exatamente 100 dias para o início das Olimpíadas e três atletas do Espírito Santo carimbaram o passaporte para o Japão: Alison Cerutti, Paulo André e Bruno Schmidt.
Principal nome do atletismo nacional, o velocista Paulo André Camilo conquistou o índice nos 100m rasos com o tempo de 10s04, no Meeting São João, em Portugal, no ano de 2019. Além da prova individual, o capixaba vai correr com o revezamento 4x100m pelo time Brasil, que quebrou o recorde sul-americano que durava 19 anos, no Mundial de Doha, também em 2019, com o tempo de 37s72.
No vôlei de praia, Alison e Bruno Schmidt brilharam no Rio 2016 e ficaram com a medalha de ouro. Após a conquista, a dupla foi desfeita e ambos buscaram novos parceiros. Bruno fez parceria com Evandro e Alison com Álvaro Filho. As novas duplas vingaram, venceram os torneios classificatórios e os capixabas estarão novamente nos jogos olímpicos.
A lista atual de três capixabas em Tóquio pode chegar 11, se mais atletas forem convocados para as seleções de natação, futebol e handebol ou se conquistarem as vagas na ginástica rítmica e no basquete.
João Gomes Júnior tem boas chances de integrar a equipe do revezamento 4x100m medley, nos Jogos de Tóquio. O capixaba, que é atleta do Pinheiros, precisa vencer a seletiva da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), que tem início na próxima semana, no Rio de Janeiro.
Ainda sim, se não conseguir ficar em primeiro, o nadador pode ser convocado pela entidade, caso a comissão técnica entenda que João esteja em melhores condições físicas e técnicas que o seu concorrente.
A seleção brasileira conquistou a vaga para os Jogos, com o segundo lugar no Pré-Olímpico das Américas, realizado em janeiro de 2020. Na equipe, não havia nenhum capixaba, mas em Tóquio o Espírito Santo deve ter pelo menos um representante no futebol.
Com o adiamento das Olimpíadas, em decorrência da pandemia, a Fifa liberou a presença de jogadores com até 24 anos, completados em 2021. Com a mudança excepcional, existe a grande possibilidade de dois capixabas estarem entre os 18 convocados pelo André Jardine: Lyanco e Richarlison.
O zagueiro, que está em boa fase no Torino, da Itália, foi presença constante nas últimas convocações da seleção Olímpica. Lyanco acabou ficando de fora torneio classificatório por estar retornando de lesão, mas já revelou que gostaria de defender o Brasil no Japão.
Um dos destaques da Seleção Brasileira principal, nas Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar, o atacante Richarlison vive o seu melhor momento na carreira. Brilhando no Everton, da Inglaterra, o “Pombo” quer disputar as Olimpíadas e repetir o feito do zagueiro Luan, que foi o primeiro capixaba a conquistar a medalha de ouro no futebol, no Rio 2016.
Na última chance de confirmar a presença nos Jogos de Tóquio, o Brasil terminou o Pré-Olímpico de Podgorica, em Montenegro, na segunda colocação e ficou com uma das duas vagas olímpicas. Na seleção estava o pivô Vinícius Teixeira, nascido em Linhares. Com o Brasil certo na Olimpíadas, agora o capixaba aguarda a sua convocação. O treinador Tatá Oliveira vai levar 14 jogadores para o Japão.
A tradicional ginástica rítmica capixaba pode ter duas representantes no Japão: Natália Gaudio (individual) e Déborah Medrado (conjunto). E ambas tentam a última cartada no Pan-Americano, que será disputado em junho, no Rio de Janeiro.
Para ir às Olimpíadas pela segunda vez consecutiva, Natália precisa obter a melhor classificação entre as atletas que ainda não têm a vaga. A capixaba tem como principal concorrente a também brasileira Bárbara Domingos.
No caso de Déborah Medrado, que integra o conjunto, o caminho até o Japão é mais complicado. No Pan-Americano, Brasil precisa superar Estados Unidos, Canadá e México e ser campeão para ficar com a vaga. A capixaba, que foi submetida a uma cirurgia no pé, no primeiro semestre de 2020, está completamente recuperada e aguarda a convocação para a competição decisiva.
A seleção brasileira de basquete terá a última chance de ir aos Jogos de Tóquio, quando disputa o torneio Pré-Olímpico em Split, na Croácia, dos dias 29 de junho a 4 de julho. Os capixabas Didi Louzada e Anderson Varejão podem ser convocados pelo técnico Aleksandar Petrovic.
O ala Didi, que atua no Sydney Kings, da Liga Profissional Australiana, é um nome certo na lista do técnico para o Pré-Olímpico. No caso de Varejão, a sua presença na seleção ainda é incerta porque está sem clube e apenas treinando.
Para estar em Tóquio, o Brasil precisa superar Croácia, Tunísia, Alemanha, México, Rússia e ser campeão do Pré-Olímpico.
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