Pugilista e medalhista de bronze nos Jogos de Tóquio-2020, Abner Teixeira disse, em entrevista exclusiva para A Gazeta, que decidiu competir profissionalmente no esporte depois de assistir a final olímpica onde Esquiva Falcão foi medalhista de prata, em Londres-2012.
O boxeador assumiu a inspiração no capixaba durante o evento de inauguração do Centro de Excelência de Esportes para Pessoas com Deficiência, e da entrega dos ginásios de ginástica e lutas, realizada nesta quarta-feira (12) no complexo esportivo da Secretaria de Esportes e Lazer do Espírito Santo (Sesport).
"Eu decidi que eu queria competir em 2012. Foi um dia quando a gente estava treinando no projeto, e o treino foi a gente assistir a final olímpica, em Londres. A lura era entre o Esquiva Falcão contra o japonês Ryota Murata. Depois que eu vi essa luta, eu falei: 'poxa, eu quero fazer isso aí pra valer'. Então, meu incentivo foi com Esquiva. Ele é o responsável por eu estar envolvido nisso até hoje", disse Abner Teixeira.
Esquiva Falcão viu a publicação nas redes sociais de A Gazeta e descobriu que se tornou uma inspiração para Abner. O pugilista capixaba ficou muito feliz com essa informação. "Para mim é uma honra. Gosto muito do Abner, admiro muito o trabalho dele. É um grande atleta. Então é uma honra ouvir dele que fui uma inspiração para ele começar a treinar boxe, e hoje ele é medalhista olímpico. Abner, sou seu fã. Forte abraço e obrigado pelo carinho", declarou o capixaba.
Abner viveu o ápice de um atleta e, não só disputou, como foi medalhista em uma olimpíada. Depois de Tóquio, continuou treinando e conquistou também a vaga para Paris-2024, mas há dois meses do começo do torneio, teve uma grave lesão no ligamento cruzado anterior (LCA) no joelho direito. Ele decidiu não fazer a cirurgia e competiu na capital francesa, mas acabou caindo ainda na primeira rodada para o equatoriano Gerlon Congo, que venceu em uma decisão divida e contestada pelo brasileiro.
Perguntado sobre a dura eliminação e o que o futuro promete para o atleta, Abner deu indícios dos próximos passos e garantiu que seu desejo é estar nas Olimpíadas de 2028. "Já estou muito melhor do que eu estava nos Jogos. Para o futuro, eu assinei agora um contrato de boxe profissional, eu vou estrear neste ano ainda. Enquanto isso, a gente tem o Mundial de setembro, que já é o pontapé inicial para o ciclo de Los Angeles. Então já estou olhando para 2028, com certeza"
O ginásio de lutas, batizado de Algênio Moreira de Barros, também foi equipado com aparelhos homologados pela Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe). O espaço conta com ringue oficial de boxe; áreas oficiais para wrestling e taekwondo; e tatames para judô, e Abner traçou um paralelo entre o novo centro e o local onde começou a treinar, frisando a importância que é uma boa infraestrutura tem na carreira de um atleta.
" Comecei em Sorocaba, em um projeto social, sem pretensão nenhuma de competir, e não era nada como isso aqui, e o esporte mudou a minha vida. A estrutura não é o único fator para formar campeões, mas ela facilita muito. O Espírito Santo está à frente de outros estados com um equipamento desse nível, que já foi utilizado em competições olímpicas. É um incentivo para quem está começando e para quem já está na batalha", afirmou o medalhista olímpico.
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