Uma das classes de destaque nas raias pelo país é a C-30, um barco mais sofisticado de 30 pés projetado pelo italiano Horacio Carabelli, mesmo projetista do barco Prada que corre a Americas Cup e pelo engenheiro náutico brasileiro brasileiro Guilherme Cará.
A C-30, que nasceu entre São José dos Campos e Ilhabela teve forte adesão dos catarinenses e vem ganhando mais notoriedade pelo país por sua competitividade e a previsão é de ter flotilha completa para a 48ª edição da Semana de Vela de Ilhabela que acontece entre os dias 24 e 31 de julho com sede no Yacht Club de ilhabela.
São nove barcos sendo quatro do estado de São Paulo (três de ilhabela e um de Ubatuba), três de Florianópolis, um do Rio Grande do Sul e o outro que divide entre Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul.
"É muito gostoso correr de C-30. Eu considero a Fórmula 1 dos barcos pois é um veleiro muito atratitivo, mais competitivo deles todos, dos projetos mais avançados que temos", conta Mauro Dottori, coordenador da classe e comandante do Caballo Loco.
"A grande atração do Circuito Oceânico de Santa Catarina (em janeiro) foi o C-30 pois saímos xispando na raia, é muita disputa. Na popa o barco sai voando isso provoca atratividade. É muito gostoso correr de C-30, temos nossa rivalidade que é somente dentro da água, quando acaba temos a amizade entre os velejadores," seguiu.
Diante da pandemia do Covid-19, a flotilha não pretende crescer no momento: "Não temos expectatica de crescer a classe neste momento pois é um barco muito sofisticado de preço mais elevado, não temos intenção de construir outro e sim quando a pandemia der um refresco, mas a classe está aberta a quem quiser entrar. É uma classe exclusiva, não pode correr outro barco de outra classe , mas o barco C-30 tem o rating relativamente alto pra correr em outra classe como ORC ou demais".
A classe competiu em janeiro em Florianópolis e agora será retomada na Copa Mitsubishi, na primeira 1ª etapa, a partir deste sábado com dois finais de semana de disputa. Ela dará sequência na Semana de Vela de Ilhabela. São quatro campeonatos em toda a temporada que ainda inclui a Copa Ilhabela e o Circuito Rio, disputado no Rio de Janeiro, em novembro. Para a Copa Mitsubishi, a expectativa é de treino bem adequado para a Semana de Vela onde a flotilha deve vir completa para a disputa.
" A expectativa nossa na 1ª etapa da Copa Mitsubishi é o aquecimento pra Semana de Vela onde devemos ter no mínimo sete barcos e até os nove na disputa. Consideramos muito importante a Copa Mitsubishi como um treino tático entre barcos diferentes, treino da própria tripulação que está muito enferrujada, afinal são quase seis meses sem competir. Vamos ajustar a tripulação na raia que será a mesma da Semana de Vela. Para a Copa Mitsubishi teremos três barcos, um é o Caballo Loco, outro é o +Realizado adquirido por Alessandro Penido que é muito bem-vindo e o terceiro é o Kaikias do Eduardo Mangabeira onde tem o Alberto Jesus (Beto Mazinho), campeão brasileiro de hobicat, tem muitos titulos, familia Jesus muito tradicional de vela, são caiçaras de Ilhabela muito bons", disse Dottori.
Mauro é também o diretor de Vela do Yacht Club de Ilhabela, que é a sede da Copa Mitsubishi. A primeira etapa deveria ter sido realizada em março, mas foi adiada em virtude da pandemia. Os protocolos são rígidos para que não haja contaminação entre os velejadores e também no clube.
"Temos alguns vacinados nos barcos, nem todos, mas a vela só tem o momento no contato no barco. Fora isso no clube tomamos muitas providências sanitárias. A Vela não é um esporte que aglomera. No clube para entrar todos os protocolos são feitos, temos o uso obrigatorio mascara, medição temperatura, álcool e gel, distanciamento. O convidado não poderá usar as instalações do clube (restaurante, piscina, etc), somente terá acesso ao seu barco. Dos eventos realizados até aqui ano passado, não tivemos nenhum caso de contaminação para qualquer associado importante salientar".
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