Em grande fase nas principais competições de vôlei de praia do Brasil e do mundo, o capixaba André Stein vive uma crescente no esporte, de olho na corrida olímpica para garantir sua vaga nos Jogos Olímpicos de Paris, que serão realizados em 2024.
Ao lado do parceiro George, da Paraíba, André tem conquistado medalhas e pontos importantes para o ranking da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Em entrevista para A Gazeta, o capixaba contou sobre as expectativas, a preparação e os maiores desafios em busca da vaga em Paris.
“Estamos em um momento muito feliz. Já estamos na corrida olímpica, o principal objetivo da dupla. Desde quando formamos essa equipe, lutamos etapa por etapa. Já somos tricampeões brasileiros, e estamos em uma sequência ótima do circuito [brasileiro] deste ano”, iniciou o atleta.
Na última semana, André e George conquistaram mais uma medalha de ouro no Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, na etapa de Saquarema, repetindo o feito da disputa realizada em Itapema, quando também subiram ao lugar mais alto do pódio. As conquistas no circuito nacional são como combustível para a disputa do Mundial, que é onde os pontos são somados para o ranking da FIVB.
“O nosso foco principal é o Mundial, onde já conseguimos um ouro neste ano e vamos jogar mais uma etapa em Uberlândia. Mesmo com essa sequência positiva, sabemos que precisamos ajustar alguns pontos para ter uma regularidade melhor no Circuito Mundial, já que é isso que dá a classificação olímpica”, complementou André.
Nas Olimpíadas, cada país tem direito à duas duplas no vôlei de praia. No ranking masculino, André e George estão na 4ª colocação, atrás das duplas da Noruega, Holanda, e Suécia. Segundo o site olympics.com, que divulga dados técnicos sobre os Jogos Olímpicos, as 17 melhores equipes classificadas (por gênero) no Ranking da FIVB, considera os 12 melhores desempenhos alcançados em disputas oficiais por um par, desde 1º de janeiro de 2023 a 10 de junho de 2024.
Para André, a chance de classificação do Brasil é iminente, mas é preciso manter os pés no chão. “Estamos cotados como a principal dupla do país no naipe masculino. A gente tem se destacado nos circuitos e conquistamos medalhas importantes. Apesar da pressão, é algo positivo, porque a gente vai se tornando uma referência no vôlei de praia masculino do Brasil, estamos em uma posição que muitos queriam estar”.
Como empecilho para a classificação, Stein afirma que o maior desafio está em superar os próprios limites. “Se a gente não fizer nosso trabalho direito que podemos correr riscos. Mas sabemos que temos condição de bater de frente com qualquer equipe do mundo. Temos que manter a cabeça tranquila para superar cada desafio”, avaliou André.
Para ele, é preciso ter uma atenção com as duplas que também estão na parte alta do ranking da FIVB, para que não sejam uma pedra no caminho até Paris. “Falando em adversários, sabemos que a Noruega tem a principal dupla do mundo hoje, e a Suécia também está em uma crescente no esporte. Os times da Itália, Polônia e Holanda também estão no topo há muito tempo e são equipes que podem bater de frente com a gente, mas temos o potencial para ganhar de qualquer time do mundo, basta a gente fazer o nosso melhor a cada jogo”, complementou o capixaba.
A atenção da dupla agora está voltada para mais uma etapa do Circuito Mundial, realizada em Uberlândia-MG. Por lá, na manhã de sábado (29), André e George vão encarar a segunda melhor dupla da Itália, formada por Alex Ranghieri e Adrian Carambula, atualmente na 21ª colocação do ranking da FIVB.
Na estreia, realizada nesta quinta-feira (27), os brasileiros foram derrotados por Boermans e Immers, da Holanda, e buscam a recuperação diante dos italianos, para garantir mais pontos na corrida até Paris.
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