O Espírito Santo segue como um celeiro de jovens atletas da ginástica rítmica, e o destaque nacional deste final de semana foi Yasmin Freitas, de 12 anos, que conquistou três medalhas de ouro no XXVII Torneio Nacional de Ginástica Rítmica 2024, disputado em Cuiabá (MT). Ela foi campeã absoluta do campeonato, ou seja, conquistou o primeiro lugar em todas as provas que apresentou: Mãos Livres, Arco e Individual Geral Nível I.
Para chegar à etapa nacional, ela disputou em setembro do Campeonato Regional Sudeste, onde conseguiu três medalhas, sendo uma de ouro, uma de prata e uma de bronze, e ficou entre as quatro classificadas para a etapa nacional, que reuniu as melhores de cada região do país, totalizando vinte ginastas.
Yasmin faz parte da Equipe Carolina Garcia (ECG). "A Yasmin, desde quando ela participou da nossa primeira seletiva, eu detectei o talento dela e sabia que ela iria colher muitos frutos. Porque, além de talentosa, ela ainda é dedicada, então ela é o combo perfeito, né?", destacou Carolina, treinadora capixaba que esteve por nove anos na seleção brasileira de ginástica rítmica, e CEO da a equipe de Yasmin. Juntamente com a jovem atleta, Julia Martins, de 11 anos, que também é da ECG foi medalha de prata na prova Mãos Livres no Infantil Nível II.
Mina, a mãe de Yasmin, contou que a jovem atleta começou a trajetória no esporte ainda na dança ainda muito cedo. "Yasmin entrou com dois anos e dez meses no balé, e depois fez jazz. Ela já fez também judô, futebol... para ter ideia do quanto ela gosta de esporte. Mas a ginástica foi a paixão dela", conta ela orgulhosa pelo caminho traçado pela filha.
A adolescente iniciou na ginástica aos nove anos, e com seis meses de treino já foi chamada pela técnica Carolina Garcia para disputar uma competição em Santos, São Paulo. Durante esses anos, a atleta acumula medalhas e títulos em todos os torneio que disputou, desde estaduais, nacionais e até internacionais.
"Eu saio da escola quatro da tarde e venho direto para cá (ginásio), e fico até às oito, oito e meia da noite. Eu fazia individual, treinava individual, depois eu ia para o conjunto, aí eu tinha que dividir o tempo. Eu estava conseguindo equilibrar as coisas, e é muito legal porque é o primeiro ano que passei para o nacional no individual", conta Yasmin sobre a rotina diária.
Além de treinar, ela também estuda de forma integral, e Mina garante que a filha é uma aluna tão excepcional quanto é no tablado. "Ela treina de segunda a segunda se deixar. E ela estuda integral na escola, e nunca atrapalhou os estudos. Até foi medalhista em Olimpíadas de Matemática, e o esporte só agregou na vida dela", conta a mãe.
"Para chegar nas Olimpíadas um dia é um caminho longo, mas que com certeza eu ia gostar de ir. Porque a ginástica não é um esporte igual ao futebol, por exemplo, que você treina e joga vários jogos para ir para uma final. Na ginástica, você tem que ir na etapa regional para passar para o nacional, para depois para o brasileiro, para depois para o sul-americano... Então são várias etapas", explica a atleta de 12 anos quando perguntada sobre o sonho olímpico.
O Espírito Santo é um berço de atletas da Ginástica Rítmica, de onde já nasceram gigantes da modalidade. Este ano, por exemplo, as capixabas Sofia Madeira e Déborah Medrado representaram o Brasil nas Olimpíadas de Paris, além de fazerem parte de um vitorioso ciclo e alcançarem resultados históricos nos circuitos mundiais.
"Ela tem uma família que apoia, tem uma treinadora que quer tanto quanto ela. Então ela pode chegar numa seleção brasileira, numa Olimpíada. Eu falo que o céu é o limite para ela, porque ela nasceu para fazer ginástica", dispara a treinadora Carolina.
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