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Capixabas da seleção comentam possível inclusão do futebol de areia nas Olimpíadas

Capixabas da seleção comentam possível inclusão do futebol de areia nas Olimpíadas

Bruno Xavier e Lelê Lopes analisaram a possibilidade da inclusão da modalidade no programa dos Jogos Olímpicos, após pronunciamento da FIFA que irá tentar a negociação com o Comitê Olímpico Internacional

Publicado em 9 de outubro de 2024 às 18:04

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Bruno Xavier e Lelê Lopes se animam com possibilidade do futebol de areia nas Olimpíadas
Bruno Xavier e Lelê Lopes se animam com possibilidade do futebol de areia nas Olimpíadas. (Reprodução)

O futebol de areia vive um momento ímpar na sua história. Na última quinta-feira, em reunião da FIFA, em Zurique, na Suíça, o órgão máximo do futebol anunciou que vai pedir ao Comitê Olímpico Internacional (COI) a inclusão da modalidade no programa das Olimpíadas, juntamente com o futsal. A possibilidade foi comemorada pelos capixabas da seleção brasileira.

Nascido em Vitória, capital do Espírito Santo, Bruno Xavier é um dos maiores jogadores da história do Brasil no futebol de areia. Bicampeão mundial da FIFA, em 2017 e 2024, o atacante já disputou cinco mundiais com a camisa canarinha. Por clubes, o atleta surgiu no Vasco da Gama, clube no qual conquistou o primeiro dos seis títulos mundiais. Também venceu quatro vezes a Taça Europeia de Clubes. Aos 40 anos de vida e com muito suor depositado pelo esporte, ele se empolga com as novidades e credita a possível inserção nas Olimpíadas aos grandes ídolos do futebol de areia.

"Muito feliz com essa oportunidade e expectativa do beach soccer em se tornar um esporte olímpico. Já houve essa conversa, lá em 2009, quando os Jogos foram confirmados no Rio de Janeiro, mas não foi pra frente. Se dessa vez se concretizar, será uma conquista muito grande para a modalidade. Todos fizeram parte dessa história, que começou com Junior, Zico, Paulo Sérgio, Edinho, Cláudio Adão, e depois vindo com Junior Negão, Benjamin, Jorginho, Juninho, Robertinho, Buru, essa galera toda. Será uma conquista para a nossa modalidade ", disse Bruno Xavier ao ge.globo.

Apesar de ser um ato inicial entre FIFA e COI, o futebol de areia vive momento de expectativa por um novo crescimento do esporte. De olho no futuro, mas relembrando o caminho percorrido, Bruno Xavier recorda o começo de tudo, sendo uma modalidade de exibição praticada por atletas de férias ou aposentados.

"O nosso esporte começou como esporte de exibição, aos domingos, com os jogadores de campo nas suas férias e depois que pararam de jogar. Surgiu em 1994, como esporte de exibição, e há 20 anos pela FIFA. Hoje, o esporte já está inserido na CBF, na Conmebol e, muito provavelmente, daqui a alguns anos, também vai estar na UEFA. Então a gente já tem uma evolução da modalidade, com mais de 150 países que já praticam essa modalidade, que agora terá o feminino, com uma expectativa de ter Copa do Mundo. A gente tem acompanhado essa evolução e acredito que ela será coroada nas Olimpíadas, com uma popularidade mundial", concluiu o atacante.

O futebol de areia, muito lembrado pelas lendas masculinas, vive ansiedade para a primeira Copa do Mundo Feminina de Beach Soccer. Atleta de 33 anos, de Vila Velha, Lelê Lopes é a guardiã do gol brasileiro, mas também ganha a vida como empresária no ramo de eventos, fora das areias. Na última convocação, para o desafio Brasil e Paraguai, a goleira foi campeã com a canarinha. Porém, foi pelo São Pedro que vieram as grandes glórias: o Campeonato Brasileiro e também o Mundial de Clubes.

Em meio à expectativa pelas Olimpíadas, Letícia se anima, mas também anseia pelo desenvolvimento da modalidade no feminino. "Existe a expectativa de ter a Copa do Mundo Feminina em 2026 ou 2027. Jogar um mundial com o Brasil seria a concretização de um sonho. A gente já está lutando para termos a nossa Copa e agora a gente vai lutar para se tornar olímpico. Esse embate vai ser muito importante. Creio que vai dar um salto em questão de desenvolvimento, nesse momento importante, que eu acho que tivemos um declínio, de uns anos pra cá. Vai ser excelente para que as bases dos clubes desenvolvam a modalidade e que gere um calendário robusto, aqui no Brasil, para que nossas crianças tenham vontade de praticar e profissionalizar a modalidade", concluiu a goleira Lelê em entrevista para ge.globo.

- Texto feito por Tiago Taam, do portal ge.globo.com

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