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Capixabas vencem etapa de Recife e prestam solidariedade à vítima de homofobia

Capixabas vencem etapa de Recife e prestam solidariedade à vítima de homofobia

André Stein, no masculino, e dupla Thâmela Coradello e Elize Maia, no feminino, declararam apoio ao atleta Anderson Melo

Publicado em 18 de março de 2024 às 18:37

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André, Thâmela e Elize subiram no pódio com uma faixa em protesto contra a homofobia
André, Thâmela e Elize subiram no pódio com uma faixa em protesto contra a homofobia. (Instagram @andrelstein/reprodução)

O último final de semana foi de vitórias para o Espírito Santo. No domingo (17), aconteceram as finais do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia em Recife e os capixabas André Stein, no masculino, e a dupla Thâmela Coradello e Elize Maia, no feminino, conquistaram o lugar mais alto do pódio.

O atleta natural de Vila Velha conquistou a medalha de ouro após ele e sua dupla George derrotarem Vinícius e Heitor no tiebreak por 2 sets a 1 (23/21, 13/21 e 15/7). A vida das meninas foi mais fácil: venceram a dupla Talita e Taiana, por 2 sets a 0 (21/19 e 21/16).  No entanto, o que mais chamou a atenção foi a postura dos atletas antes das finais diante de um caso lamentável.

Durante a competição, o atleta Anderson Melo foi vítima de homofobia cometida por torcedores na arquibancada em uma das partidas que disputou. Por isso, os capixabas entraram em quadra com uma faixa que continha os dizeres "Homofobia é crime" e "Anderson Melo, essa luta é de todos". 

André Stein se manifestou nas redes sociais, afirmou lamentar o ocorrido e destacou a importância de se inibir esse tipo de atitude. 

Guilherme Marques, gerente de competições de vôlei de praia da CBV, afirmou que o vôlei é um lugar onde não cabe discriminação. "Esporte é inclusão, respeito, igualdade. Homofobia, racismo e qualquer outra forma de preconceito não são admitidos. Lamentamos muito o que aconteceu com o Anderson Melo, e a CBV está prestando todo o apoio a ele. Neste domingo de finais, reforçamos nossas ações de conscientização, com a participação fundamental dos atletas. Torcer é um ato de paixão, mas sempre com respeito e consciência", diz.

CBV publica nota de repúdio

Após o ocorrido, a Confederação Brasileira de Voleibol publicou uma nota de repúdio lamentando o caso e prometendo medidas contra qualquer tipo de preconceito. Confira a nota na íntegra abaixo.

A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) lamenta e repudia veementemente os ataques homofóbicos ao atleta Anderson Melo, feitos na quinta-feira por pessoas que assistiam aos jogos da segunda etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, em Recife.

A CBV apurou os fatos, reviu as imagens da partida, conversou com a arbitragem e reuniu todas as informações necessárias para, neste sábado, protocolar um boletim de ocorrência em uma delegacia de Recife. O caso também será encaminhado ao Ministério Público local e a CBV acompanhará todos os desdobramentos.

Desde sexta-feira, a mensagem abaixo é veiculada antes de cada partida da quadra central.

“Atenção, torcedores! Racismo, homofobia e outros atos discriminatórios são crime, e não podem fazer parte dos eventos do voleibol brasileiro. Manifestações como as ocorridas nas quadras externas não podem se repetir. Esporte é diversidade, tolerância, respeito e inclusão! E respeito é um dos maiores valores que o esporte ensina! Vamos torcer com paixão! O voleibol por um mundo sem preconceito e discriminação!”

A CBV lamenta que Anderson Melo tenha sofrido essa violência e está prestando todo o auxílio ao atleta. A CBV reforça que não admite qualquer tipo de preconceito, entende que o esporte é uma ferramenta para propagação de valores como respeito, tolerância e igualdade; e agirá sempre para coibir qualquer manifestação discriminatória em seus eventos.

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