A seleção brasileira masculina de basquete está de volta aos Jogos Olímpicos, desta vez em Paris, após a ausência nos Jogos de Tóquio. Entre os convocados, um nome se destaca: o armador Marcos Henrique Louzada Silva, mais conhecido como Didi, nascido em Cachoeiro de Itapemirim e atualmente jogador do Flamengo. Com 25 anos, Didi já teve passagens pelo Franca, Flamengo e pela NBA, jogando pelo Atlanta Hawks antes de ser trocado para o New Orleans Pelicans.
Para Didi, o apoio da família sempre foi fundamental em sua trajetória. “Sem o apoio da família, você não chega a voos altos, principalmente do meu tio. Desde pequeno, ter esse apoio é muito importante para mim, mostra que não estou sozinho. Tudo que eu faço é por eles”, diz o jogador emocionado. Esse suporte foi crucial para que ele pudesse superar os desafios e alcançar seus objetivos.
Com apenas 25 anos, Didi já vestiu importantes camisas no basquete nacional e internacional. Ele iniciou sua carreira em um projeto social em Cachoeiro de Itapemirim e logo se destacou, jogando pelo Franca e sendo draftado para a NBA. “Sair de Franca bem jovem, indo para a NBA e poder alcançar os maiores palcos do mundo é gratificante. Não tenho palavras para descrever. Jogar pelo Flamengo na temporada passada foi um sonho realizado. Tenho certeza que vou alcançar outros voos ainda maiores, agora o maior é o das Olimpíadas”, relata.
A determinação de Didi é um de seus maiores diferenciais. “Venho treinando, sempre focado. Não ligo para o que o pessoal fala, acho que esse é o meu maior diferencial. Procuro sempre dar o meu máximo, tenho muito pela frente”, afirma o jogador, mostrando sua mentalidade competitiva e foco no crescimento contínuo.
Questionado sobre a motivação da seleção brasileira, Didi é enfático: “A palavra é essa, fome de vitória. A seleção é jovem e poder participar das Olimpíadas nos dá a certeza de que queremos alcançar voos maiores. Temos o Huertas, um veterano de 41 anos jogando muito. Ver o que a geração passada, com Varejão, Nenê, Marcelinho e o próprio Huertas, trouxe para o basquete brasileiro nos inspira a fazer o mesmo ou até mais.”
O Brasil está no grupo com França, Alemanha e Japão, seleções reconhecidas por sua força no basquete. “Sabemos que França e Alemanha são duas potências mundiais do basquete, mas vamos jogar de igual para igual. Não vamos ter medo de ninguém, independente se é França, Alemanha ou Japão. Esse é o nosso maior diferencial, não se importar com quem está do outro lado, mas sempre respeitando as outras seleções”, comenta Didi.
A volta do treinador croata Petrovic foi recebida com entusiasmo pela equipe. “Ficamos muito felizes com a volta dele. Todos os jogadores o abraçaram de volta. Ele trouxe um projeto lindo e todos nós abraçamos isso. Minha primeira convocação em 2018 foi com ele, e classificarmos para as Olimpíadas juntos foi muito especial.”
A preparação de Didi para as Olimpíadas começou logo após sua chegada a Vitória. “Cheguei na segunda-feira (8) em Vitória, tirei dois dias de descanso. Nesta quinta-feira já retorno para a academia e volto à preparação, treinando em Vila Velha com o coach Casagrande, para chegar bem no dia 17 na Croácia.”
Para Didi, representar o Brasil nas Olimpíadas é um sonho realizado. “O sentimento é grande, nunca imaginava poder alcançar tão cedo as Olimpíadas. É um passo a mais para a minha carreira, não só como jogador, mas como pessoa. Representar o Brasil, desde as categorias de base até agora, é muito gratificante. A ficha ainda não caiu, mas quando chegar mais perto vai cair e eu vou estar pronto para ajudar o Brasil.”
Didi Louzada é um dos oito atletas do Espírito Santo na Olimpíada de Paris-2024, ao lado de Déborah Medrado e Sofia Madeira (ginástica rítmica), André Stein (vôlei de praia), Paulo André Camilo (atletismo), Patricia Scheppa (handebol de praia), Pedro Alves e Mikaela Oliveira (taekwondo). Ele é apenas o terceiro capixaba a defender a seleção brasileira de basquete em uma edição dos Jogos Olímpicos, juntando-se ao ex-ala Luiz Felipe Azevedo (Seul-1988) e Anderson Varejão (Londres-2012).
Didi está determinado a fazer história e ajudar o Brasil a conquistar grandes resultados em Paris, mostrando que, com foco, determinação e o apoio da família, é possível alcançar os maiores sonhos.
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