Com vaga garantida nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, as ginastas capixabas Déborah Medrado e Sofia Madeira avaliaram o desempenho no Mundial de Ginástica Rítmica e apontaram o desafio na principal competição esportiva do mundo, que começa em julho do próximo ano.
Natural da Serra, aos 21 anos, Déborah embarca para a segunda Olimpíada dela. Apesar da experiência em Tóquio, a capixaba conta que a responsabilidade e a ansiedade não diminuem.
“O resultado conquistado em Valência foi uma grande realização. Estávamos cotadas como favoritas para conquistar a vaga olímpica. Isso devido aos nossos grandes resultados durante o ano [...] Então estávamos focadas em executar bem nossas séries e sairmos felizes da quadra”, contou.
Além das capixabas, o grupo brasileiro é formado por Bárbara Galvão, Duda Arakaki, Giovanna Silva e Nicole Pírcio. Antes da disputa em Valência, elas passaram por um susto, mas mantiveram a união e o foco.
“Fazíamos treinos rápidos e intensos, pois precisávamos treinar dois aparelhos. Até o corpo acostumar, a gente teve que suar um pouco. Logo no primeiro treino que tivemos na Espanha, a Duda Arakaki, que é nossa capitã, torceu o pé. Ficamos apreensivas, mas todos da equipe interdisciplinar que estavam lá fizeram de tudo para que ela se recuperasse”, lembra Déborah.
Apesar do abalo por conta da lesão de uma liderança da equipe, o grupo se uniu mais ainda e Duda conseguiu se recuperar a tempo da estreia em Valencia. No Mundial, garantiram a nota 65.000 na soma das apresentações da prova mista e dos cinco arcos, conquistando o sexto lugar e a vaga direta para Paris.
“Estamos felizes e aliviadas com essa vaga, mas super focadas nos próximos desafios e na preparação para os Jogos”, disse Sofia Madeira, que aos 19 anos vai embarcar para sua primeira chance nas Olimpíadas.
“Conseguimos nosso grande objetivo. Vamos continuar trabalhando bastante, queremos muito fazer história nesses Jogos Olímpicos. Por pouco não saímos do Mundial com a primeira medalha do Brasil”, complementou Déborah.
Após o mix de emoções e disputas acirradas no continente europeu, as capixabas ganharam dez dias de folga, mas logo embarcam novamente para Aracaju, em Sergipe, onde a Seleção Brasileira de Ginástica treina, agora focada nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, que acontecem a partir de novembro.
“No Chile, temos o objetivo de conquistar os três ouros e firmar o nome do Brasil como o melhor das Américas”, finaliza Déborah.
Após a disputa em Santiago, as brasileiras vão aguardar o novo calendário da Federação Internacional de Ginástica (FIG), para conhecerem os desafios que vão anteceder os Jogos em Paris.
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