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Conheça o Flag Football, novo esporte olímpico que capixabas já aderiram

Conheça o Flag Football, novo esporte olímpico que capixabas já aderiram

Esporte que vem despontando no Espírito Santo, o flag football é uma variante do futebol americano tradicional e estará no modo de exibição nas Olimpíadas de Los Angeles em 2028

Publicado em 23 de maio de 2024 às 15:49

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Flag Football: Modalidade de futebol americano que vai estar nas Olimpíadas em 2028, vem recebendo adeptos no ES
Flag Football: modalidade de futebol americano que vai estar nas Olimpíadas em 2028, vem recebendo adeptos no ES. (Divulgação)
Vitor Antunes
Reporter / [email protected]

Modalidade com muita semelhança tanto com o futebol americano, como com o famoso pique bandeira, o flag football vem recebendo destaque entre as novas práticas esportivas. E também em razão de já constar entre os esportes olímpicos em exibição para as Olimpíadas de Los Angeles em 2028.

Trata-se de uma versão mais acessível e com menos contato físico quando comparado com o futebol americano tradicional. O nome do esporte faz referência às bandeiras - flag, em inglês - que ficam amarradas nas cinturas dos atletas e devem ser retiradas pelos adversários caso eles queiram parar as jogadas.

Rafaela Alves Moreira, 29 anos, advogada, e moradora da Serra, é aderiu à prática da modalidade.  Ela conta que há um empenho entre os praticantes da modalidade em fazer com que o esporte seja mais notado, especialmente aqui no Estado. "Nosso sonho é chegar a termos jogadores nossos na seleção brasileira. Trata-se de um esporte maravilhoso e que merece destaque, não só pela inclusão de várias pessoas, mas por ele promover integração social. Mais que isso, queremos ir para as Olimpíadas de 2028. Quanto mais visibilidade no nosso Estado, mais apoiadores para alcançar a base, poderemos chegar ao Brasileiro e às Olimpíadas".

Os atletas treinam aos sábados na Pedra da Cebola, em Vitória, às quartas-feiras em Vila Velha, e aos domingos nas praias, já que também há beach flag football. Segundo Rafaela, essa é uma modalidade que exige mais força e resistência. "Jogar na areia é mais difícil para aguentar".

Rafaela descobriu o flag football após ir a um torneio no Marista, em Vila Velha. "O Tritões era o único time de futebol americano no Estado. A modalidade flag era num time menor e apartado quando eu comecei, e tinha um time feminino. Depois que comecei, levei meu marido e hoje sou relações públicas do esporte".

O Espírito Santo ainda não tem representante a nível nacional no flag football, pois há dependência de convocação baseada nos times nacionais de destaque. Todavia, o marido de Rafaela, Victor Ferreira Miranda, analista, 32 anos, foi chamado para a seleção do futebol americano tradicional. "Nosso intuito é conseguir visibilidade para conseguirmos nos credenciar às disputas ao nível nacional. Não conseguimos avançar para o Brasileiro, mas estamos começando aqui no ES", diz ela.

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O flag football oferece um contexto diferente na minha vida. Durante a semana sou advogada e visto cinza. No fim de semana eu tenho outra energia, solta e colorida.

Rafaela Moreira
Advogada e praticante de Flag Football
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O Flag Football também tem categorias mistas, especialmente quando praticado na praia
O Flag Football também tem categorias mistas, especialmente quando praticado na praia . (Divulgação)

Sobre o esporte

O flag football, segundo a Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA), é uma modalidade de futebol americano sem impacto e essa seria uma das maiores diferenças entre as modalidades, além da ausência de algumas posições. A única comum entre ambas é a presença do Quarter Back (QB). Também não se lança mão da indumentária, como os shoulders (ombreiras), ou os capacetes. O flag se inclina às táticas de corrida e tem como objetivo avançar às jardas e fazer touchdowns. Os contatos entre os jogadores, quando acontecem, não necessariamente se revertem em falta.

No flag, cada time é composto por cinco jogadores e a partida é dividida em dois tempos de 20 minutos. A função dos jogadores com a flag é não deixar que a defesa pegue a bandeira adversária. E quem está com a bola na mão deve correr e não ser alcançado. Efetivamente, há grande semelhança com o pique-bandeira.

"A gente não tenta pegar a bandeira para voltar, a gente leva a bola à frente para conseguir jardas e chegar com ela na região de touchdown", explica Rafaela. Inclusive, ressalta ela, que o "Capture the Flag" - versão americana do flag voltada para as crianças - é a forma de iniciar os pequenos no futebol americano. "Assim eles ganham técnica de jogo". O flag tem três categorias: masculino, feminino e misto. O beach flag, em especial, é misto.

Rafaela Moreira é advogada e também pratica o flag football
Rafaela Moreira é advogada e também pratica o flag football. (Divulgação)

Quanto aos campeonatos, há os que são realizados pela CBFA e pela Federação Internacional de Futebol Americano (IFAF), que comandam e formam regras, portarias e normativas para o flag, e determinam resultados em cada parte do país em campeonatos regionais. No início de junho haverá uma competição em São Paulo para a Copa Sudeste e o Flag Tritões representará o Espírito Santo. Nas seleções que representam cada estado do Brasil, não há capixabas selecionados. 

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