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Equipe capixaba vai disputar o mundial da "F1 in Schools" na Inglaterra

Equipe capixaba vai disputar o mundial da "F1 in Schools" na Inglaterra

A equipe Pocadores Racing Team, formada por alunos do Sesi, estará no famoso circuito de Silverstone nos próximos dias para representar o Brasil na disputa

Publicado em 7 de julho de 2022 às 19:03

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A equipe Pocadores é a tri-campeã estadual, conquistando todos os títulos desde sua criação
A equipe Pocadores é a tri-campeã estadual, conquistando todos os títulos desde sua criação. (Mile4 Assessoria de Comunicação/Divulgação)
Breno Coelho
Estagiário / [email protected]

Para todo amante do esporte a motor, um dos maiores sonhos é conhecer o berço da principal categoria do automobilismo, que é o circuito de Silverstone, na Inglaterra. E os alunos do Sesi de Jardim da Penha que participam do projeto ‘F1 in Schools’ vão ter a honra de realizar esse sonho. Eles irão representar o Brasil na etapa Mundial que será realizada no circuito, entre sábado (09) e sexta-feira (15), e que contará com a participação de equipes de vários países.

O projeto, que começou no Brasil há mais de 10 anos, é uma parceria da própria Fórmula 1 com o Sesi, e tem o objetivo de criar uma cultura de empreendedorismo nos alunos de 12 a 19 anos, através da metodologia STEAM, reproduzindo os desafios profissionais das corridas de carro, que vão desde a criação da escuderia até o enfrentamento nas pistas. O professor de Robótica e técnico do time, Bruno de Castro, falou um pouco sobre como funciona o projeto e no que isso impacta na vida dos alunos que participam.

“É uma competição voltada para o ensino médio, criado pela Fórmula 1 com o objetivo de fomentar o empreendedorismo, onde os alunos precisam criar uma escuderia, e como em uma empresa, cada um possui uma função específica para a área que se identifica mais. Os alunos têm que fazer a gestão de engenharia da escuderia, a comunicação, temos um gestor financeiro que corre atrás de patrocínio, temos mídias sociais, gestão de marketing…nossa equipe tem seis alunos que tocam o projeto onde desenvolvem habilidades como trabalho em equipe, senso de responsabilidade, liderança e outros atributos”, contou o professor.

Desde que passaram a disputar competições, em 2020, o Pocadores foi campeão estadual em todas edições até aqui, além de conseguir belas campanhas nas etapas nacionais. Bruno explicou que o sucesso da equipe é fruto de muito trabalho e dedicação. “Nós somos dedicados, temos ideias boas, nosso nível de trabalho é fantástico, desde o projeto até a fabricação do carro. As parcerias também são fundamentais para o sucesso da equipe, um exemplo disso é que a pintura do carro é terceirizada, feita por um colaborador nosso, essas coisas nos colocam em condições de sempre chegar bem nas competições”.

As competições de miniatura tem uma fórmula de disputa interessante. São duas formas de avaliação: os projetos realizados nas escuderias e a corrida em si. Os projetos são avaliados através de stands, portfólios que contém tudo que foi projetado pelo time para a competição. Nas corridas primeiro vem as classificatórias, onde dois carros de cada equipe correm quatro vezes cada, e o 1°, 6°, 7° e 8° tempo são descartados para fazer uma média dos tempos restantes. A partir disso, se decide o vencedor de cada aspecto, como carro mais veloz, carro com melhor arrancada e outros.

As miniaturas usadas nas corridas são um projeto feito pelos alunos e são projetados em ferramentas 3D
As miniaturas usadas nas corridas são confecionadas pelos alunos e são projetadas em ferramentas 3D. (Mile4 Assessoria de Comunicação/Divulgação)

Uma das participantes do ‘Pocadores Racing Team’ que vai viajar para Inglaterra é Esther Rocha Fernandes, aluna egressa do SESI e uma das fundadoras da equipe. Ela contou sobre como entrou no projeto: “Foi quando eu estava no meu primeiro ano do ensino médio, eles me chamaram, contaram sobre o que seria o projeto e eu aceitei, principalmente pela experiência extracurricular que agregaria.” Esther ainda disse que sua intenção não era liderar a equipe, mas acabou acontecendo e aprendeu muito com isso.

“Não escolhi ser líder. Na primeira reunião, quando estávamos delegando as funções, falaram que eu tinha que ser líder, mas eu nunca tinha visto isso em mim. Fico feliz que notaram isso, porque meu senso de responsabilidade cresceu, então gerenciando eu aprendi coisas que vou passar para a vida profissional. O bom é que os outros do projeto veem minha liderança e acabam se inspirando.”

Outro integrante do time é o Engenheiro Chefe, Eduardo Schimidt Schultz. Ele entrou no Pocadores porque já tinha uma experiência em outro projeto, um de robótica. “Nas equipes de robótica eu trabalhava mais na parte da computação e programação, quando entrei na equipe como engenheiro conheci lugares novos, como ambiente industrial da Arcelor, oficina de pintura e fez com que eu percebesse que é uma área que eu queria seguir na minha vida”, completou Eduardo.

Ele conta que a sensação da equipe é de muita alegria e felicidade por ter a honra de disputar uma competição como a etapa Mundial: “Estamos muito felizes, é uma sensação indescritível, é a nossa primeira participação efetiva no Mundial como equipe de fato. É uma realização pessoal, poder viajar para outro país representando o projeto, o Brasil e o Espírito Santo, é muito importante para todos nós”.

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