Vila Velha foi palco da sexta etapa do Circuito Nacional de vôlei de praia em 2022. Entre os dias 22 e 26 de Junho, a cidade recebeu atletas de diversos estados do país, e entre eles estavam alguns capixabas como André Stein, Elize Maia, Thamela, Vinicius e o campeão do Top 8 masculino, Bruno Schmidt.
Sim, Bruno Schmidt é capixaba. Natural do Distrito Federal, mas com grande parte da sua vida construída por aqui, ele mesmo fez questão de enfatizar que é do Espírito Santo, e comentou sobre a sensação de vencer o torneio em casa. “É muito bom, já tive essa sensação lá atrás. O problema é que isso às vezes se transforma em um excesso de pressão, então se você não tiver tranquilidade, deixa escapar por besteira. Que bom que conseguimos lidar com isso”.
Além dele, Vinícius também conseguiu conquistar uma medalha no seu estado, ficando com o bronze após ele e sua dupla vencerem André e George na disputa do 3° lugar por W.O. O presidente da Federação Espírito-Santense de Voleibol (FESV), Celso Silva Jantorno, afirmou que a cultura capixaba, que está ligada à praia, contribui para que o estado desenvolva grandes talentos ao longo de sua história.
“As pessoas aqui se envolvem muito com o vôlei, principalmente os técnicos e atletas mais antigos. Quando perguntam o segredo do Espírito Santo, se existe algum segredo, são as pessoas, que gostam do vôlei de praia e fazem disso uma carreira. Então isso dá uma sequência de trabalho. O material humano é muito bom, então a gente tenta somar uma federação forte fazendo campeonatos, com bons técnicos e bons atletas”, destacou Celso.
Leandro Brachola, técnico campeão com Alison e Bruno na Rio 2016 e atualmente supervisor da comissão técnica permanente da Confederação Brasileira de Voleibol, é mais um dos que fizeram carreira no Espírito Santo. Ele comentou que a experiência de atletas consolidados ajuda no desenvolvimento de atletas promissores.
“As gerações anteriores conseguiram ajudar a formar as gerações mais novas. Sempre com o treinamento de um atleta experiente, a gente conseguia colocar um atleta mais novo para se desenvolver. E a gente teve a oportunidade de ter muitos talentos para trabalhar com a gente. Se for olhar, é uma história de 30 anos, com medalhistas olímpicos, campeões mundiais, e esse destaque é um orgulho para os capixabas. E a gente espera que isso continue”, disse Brachola.
Essa passagem de experiência já vem causando impacto e plantando frutos que já estão sendo colhidos agora. Um exemplo disso é a jovem Julhia, de 15 anos, que disputou o torneio principal do Aberto em Vila Velha após passar do qualifying, e que já representou o Brasil no Circuito Sul-Americano sub-19. “É uma sensação incrível representar o Espírito Santo. Desde pequena sempre falei que queria representar meu estado e que ia lutar com unhas e dentes para dar orgulho para meu estado. E aqui ainda tem muito talento a ser descoberto”, disse Julhia.
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