Reunindo atletas de ao menos sete países, o III Campeonato Pan-Americano de Va’a desembarcou em Vitória pela primeira vez na história. Popularmente conhecido como canoa havaiana ou canoa polinésia, o esporte reúne diversos atletas na Curva da Jurema desde a última terça-feira (21), e tem programação prevista até o próximo sábado (25).
Entre os brasileiros, vários capixabas entram no mar em busca do título em suas respectivas categorias.
Além dos atletas do Brasil, a competição continental conta com participantes do Chile, Rapa Nui, Peru, Argentina, Guiana Francesa e Panamá, que competem em categorias a partir de 11 anos e até 70 anos, em percursos que variam de 12 a 24 km.
Focados em trazer o título do Pan-Americano ao Espírito Santo, um grupo de seis atletas deixou a rivalidade de lado e se juntou para formar a equipe União Capixaba, que entra no mar para disputar a prova de OC6, com 24 km de percurso.
Matheus Loureiro, Emannuel Moreira, Lelio Santos, Davi Nunes, Victor Negrão e João Guilherme Damm são professores de cinco clubes de canoa havaiana na Capital, onde estão acostumados a disputar competições como rivais.
Desta vez, a iniciativa dos capixabas promete fazer a diferença no torneio continental.
“A união entre nós sempre existiu, afinal já nos conhecíamos no meio do esporte, então a rivalidade era só nas competições. Por isso que a gente conseguiu botar esse projeto no mar. Nós crescemos, evoluímos e treinamos juntos. Essa ideia já deu certo no Campeonato Brasileiro e só veio para fortalecer o cenário do Va’a”, diz Matheus Loureiro, um dos atletas da União Capixaba.
“Esse título seria um dos maiores marcos da história do Va’a no Espírito Santo. Nosso desafio hoje é tentar encaixar o que precisa ser feito, já que temos muito para evoluir enquanto conjunto”, completa Matheus.
Entre os atletas do Espírito Santo que prometem se destacar na competição, a capixaba Thassia Marques foi selecionada para compor a equipe que representa o Brasil no Pan-Americano de Va'a. Natural de Guarapari, Thassia tem 38 anos e seu primeiro contato com a canoa polinésia foi a convite de uma amiga, no ano de 2011, em Vitória, onde reside.
“Não foi difícil gostar da modalidade. Sair de dentro dos limites das paredes da academia e ter a oportunidade de interagir com o mar foram os principais fatores que fizeram com que eu logo me apaixonasse pelo Va’a”, conta ela.
Atual campeã panamericana, Thassia detém seis títulos capixabas de forma individual, além de ser dona de quatro títulos nacionais por equipe e de um sulamericano.
Em Vitória, ela vai defender o Brasil nas categorias V1 Open, principal categoria individual do campeonato, e na V6 Open, principal categoria por equipe. As distâncias a serem percorridas são de 16km e 24km, respectivamente.
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