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Esquiva Falcão contesta derrota na luta pelo cinturão: “Muito estranho”

Esquiva Falcão contesta derrota na luta pelo cinturão: “Muito estranho”

Capixaba e sua equipe afirmam que a arbitragem beneficiou o adversário, já que golpes ilegais foram aplicados durante o duelo e não houve punição

Publicado em 3 de julho de 2023 às 12:37

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Esquiva relatou que sofreu golpes ilegais na luta pelo cinturão
Esquiva relatou que sofreu golpes ilegais na luta pelo cinturão. (Arquivo Pessoal)
João Barbosa
Estagiário / [email protected]

Após a derrota diante do alemão Vincenzo Gualtieri na luta pela disputa do cinturão de boxe dos pesos-médios (até 72,6 kg), o pugilista capixaba Esquiva Falcão e sua equipe se mostraram insatisfeitos com a decisão dos árbitros no embate realizado no último sábado (1º), em Dusseldorf, na Alemanha.

Com a derrota, o filho de Touro Moreno chegou ao primeiro réves em sua trajetória profissional. Agora são 31 lutas, uma derrota, e 30 vitórias, sendo 20 por nocaute.

“Hoje me sinto triste pela injustiça que foi feita comigo. Eu fui confiante para a luta depois de uma preparação forte no Estados Unidos, mas batemos de frente com a arbitragem que era da casa”, disse Esquiva Falcão.

“Sei a dificuldade de lutar na casa do adversário, onde ele conta com a torcida e atmosfera à seu favor, mas a arbitragem estava colocando pressão em cima do ringue, falando que iriam parar a luta se eu não voltasse a lutar enquanto a contagem ainda estava acontecendo”, complementou o pugilista capixaba.

Esquiva se refere a momentos em que é feita uma contagem de dez segundos para que um dos lutadores possa se recompor no ringue após um golpe sofrido, onde ninguém pode interferir nesse intervalo de tempo.

O capixaba agora se reúne com sua equipe para formalizar a contestação do resultado diante dos organizadores do evento. “Vamos tentar essa reviravolta, pois todos viram que foi uma luta em que fui prejudicado e mereço uma segunda chance”, afirmou Esquiva.

“Eu não vim para o boxe para nadar e morrer na praia. Eu vim para fazer história, assim como fiz nos Jogos Olímpicos de 2012, quando conquistei a primeira medalha olímpica do boxe brasileiro, então espero mudar esse cenário que estamos vivendo agora”, finalizou Esquiva.

Equipe e esposa também reclamam

Suelen Falcão, esposa do boxeador, relatou que o capixaba foi prejudicado em diversos fatores, até mesmo antes da entrada no ringue, já que teve sua logística afetada na preparação para o duelo.

“É muito estranho que tenham colocado a luta no país do cara [Vincenzo Gualtieri]. Além disso, quando Esquiva chegou, descobriram que não tinha academia liberada e nem restaurante liberado para ele tirar o peso correto para a luta”, explica Suelen.

De acordo com a esposa do pugilista, Esquiva precisou se alimentar em uma rede de fast-foods para que pudesse atingir o peso ideal de sua categoria, o que não é recomendado para atletas de alto nível.

Além das dificuldades na logística de Esquiva na preparação para a luta, Suelen também afirma que a arbitragem não foi parcial ao avaliar os golpes de Vincenzo, que teria aplicado diversos golpes abaixo da cintura de Esquiva e também na nuca, o que não é permitido de acordo com as regras do boxe.

“A maioria dos árbitros era da Alemanha e tinha um da Itália. É muito estranho que em uma luta internacional só tenham árbitros da mesma nacionalidade de um dos lutadores”, complementou.

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