Após a derrota diante do alemão Vincenzo Gualtieri na luta pela disputa do cinturão de boxe dos pesos-médios (até 72,6 kg), o pugilista capixaba Esquiva Falcão e sua equipe se mostraram insatisfeitos com a decisão dos árbitros no embate realizado no último sábado (1º), em Dusseldorf, na Alemanha.
Com a derrota, o filho de Touro Moreno chegou ao primeiro réves em sua trajetória profissional. Agora são 31 lutas, uma derrota, e 30 vitórias, sendo 20 por nocaute.
“Hoje me sinto triste pela injustiça que foi feita comigo. Eu fui confiante para a luta depois de uma preparação forte no Estados Unidos, mas batemos de frente com a arbitragem que era da casa”, disse Esquiva Falcão.
“Sei a dificuldade de lutar na casa do adversário, onde ele conta com a torcida e atmosfera à seu favor, mas a arbitragem estava colocando pressão em cima do ringue, falando que iriam parar a luta se eu não voltasse a lutar enquanto a contagem ainda estava acontecendo”, complementou o pugilista capixaba.
Esquiva se refere a momentos em que é feita uma contagem de dez segundos para que um dos lutadores possa se recompor no ringue após um golpe sofrido, onde ninguém pode interferir nesse intervalo de tempo.
O capixaba agora se reúne com sua equipe para formalizar a contestação do resultado diante dos organizadores do evento. “Vamos tentar essa reviravolta, pois todos viram que foi uma luta em que fui prejudicado e mereço uma segunda chance”, afirmou Esquiva.
“Eu não vim para o boxe para nadar e morrer na praia. Eu vim para fazer história, assim como fiz nos Jogos Olímpicos de 2012, quando conquistei a primeira medalha olímpica do boxe brasileiro, então espero mudar esse cenário que estamos vivendo agora”, finalizou Esquiva.
Suelen Falcão, esposa do boxeador, relatou que o capixaba foi prejudicado em diversos fatores, até mesmo antes da entrada no ringue, já que teve sua logística afetada na preparação para o duelo.
“É muito estranho que tenham colocado a luta no país do cara [Vincenzo Gualtieri]. Além disso, quando Esquiva chegou, descobriram que não tinha academia liberada e nem restaurante liberado para ele tirar o peso correto para a luta”, explica Suelen.
De acordo com a esposa do pugilista, Esquiva precisou se alimentar em uma rede de fast-foods para que pudesse atingir o peso ideal de sua categoria, o que não é recomendado para atletas de alto nível.
Além das dificuldades na logística de Esquiva na preparação para a luta, Suelen também afirma que a arbitragem não foi parcial ao avaliar os golpes de Vincenzo, que teria aplicado diversos golpes abaixo da cintura de Esquiva e também na nuca, o que não é permitido de acordo com as regras do boxe.
“A maioria dos árbitros era da Alemanha e tinha um da Itália. É muito estranho que em uma luta internacional só tenham árbitros da mesma nacionalidade de um dos lutadores”, complementou.
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