Em ritmo de treinos acelerado para o duelo contra o norte-americano Kyler Phillips, no UFC Norfolk, em 29 de fevereiro, o capixaba Gabriel Silva está fazendo o seu camp na academia Team Nogueira, no Rio de Janeiro.
Com a proximidade do duelo, válido pela categoria peso-galo, o pensamento do atleta de 25 anos é minimizar cada vez mais os erros que culminaram na derrota para Ray Borg, a primeira da carreira, logo em sua estreia no Ultimate.
Mais maduro e sem a ansiedade de pisar no octógono mais famoso do mundo, Gabito busca vencer pela primeira vez no UFC para afastar de vez qualquer fantasma que possa surgir em caso de um novo revés.
- Como nessa minha estreia foi com derrota, acabei podendo aproveitar para aprender com isso, saber lidar com a derrota e também com a estreia no UFC. A derrota do jeito que aconteceu serviu para poder avaliar os meus erros e aproveitar esse tempo pós-luta para me aperfeiçoar nos meus defeitos, focado no amadurecimento e evolução diária.
Mais uma vez lutando "fora de casa", Gabriel Silva vai enfrentar um americano nos Estados Unidos. Mas o atleta brasileiro não vê muita diferença em encarar um adversário no país dele, pois "luta é luta".
- Acho que não tem muita diferença, porque nas minhas lutas passadas sempre eu fui na casa do meu adversário pra estar lutando. Lutei com um polonês lá na Polônia, com um texano no Texas e agora na minha última luta foi contra um americano nos Estados Unidos. Acho que não muda, luta é luta independente do lugar. A gente faz o trabalho e representa ele em qualquer lugar, o que importa é estar preparado.
Essa luta reúne dois ex-participantes de reality shows do UFC. Enquanto Gabriel Silva foi descoberto no "Lookin' for a Fight", Kyler Phillips participou do "The Ultimate Fighter 27" e também do "Dana White's Tuesday Night Contender Series".
Gabito acha que por isso os olhos dos donos do evento podem estar voltados para essa luta, com uma atenção especial pelo menos.
- Eu espero bastante que estejam olhando por isso, que eles tenham uma atenção especial pra nós. São dois lutadores novos, com vontade de mostrar trabalho, mostrar serviço. Com certeza vai ser uma luta boa, independentemente de qualquer coisa vou dar o meu máximo, ele vai dar o máximo dele e vamos dar um grande show. Espero que estejam olhando para ver essa luta que vamos protagonizar.
A última luta de Kyler Phillps foi exatamente em fevereiro de 2019, quando derrotou o americano de origem nigeriana Emeka Ifekandu, no LFA 59, no Arizona. Mesmo com o tempo de inatividade do rival, o lutador capixaba não vê vantagem nesse fator e que ele possa fazer a diferença a seu favor.
- Eu falo por mim, fiquei até quase dois anos sem lutar e quando voltei, fiz uma luta de três rounds e isso não foi o maior problema. Da mesma forma tem lutadores que lutaram três meses atrás e quando lutam de novo sentem no gás. Isso tudo depende da preparação, de vários fatores, mas independente de como ele vai estar, estou fazendo a minha parte, estou treinando, e vou pronto para tudo o que ele pode dar. Se a luta for de três rounds vou estar pronto para responder a altura.
Gabriel Silva finaliza a entrevista revelando que está se cercando de "gente que quer o seu bem", como o professor de boxe Saymon Moura, o médico Dr Rômulo Ostmann e o nutricionista Thiago Vieira.
- São pessoas de confiança, que já trabalharam comigo numa outra oportunidade e estou apostando nisso pra um resultado positivo. Ainda mais vindo de derrota, fica aquela coisa de "tenho que vencer", e trazendo essas pessoas que agreguem energia positiva, pessoas que querem o seu sucesso é bem legal.
29 de fevereiro de 2020, na Virginia (EUA)
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