Mesmo com o sistema de saúde saturado em decorrência da pandemia do novo coronavírus, o governo do Japão espera que 10 mil médicos e enfermeiros sejam mobilizados para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. A capital e outros 10 departamentos do país estão em estado de emergência desde o início do mês por causa do aumento do número infecções.
O Japão, até agora, não foi muito afetado pela pandemia. O país registra cerca de cinco mil mortes, mas os médicos alertaram que o sistema de saúde corre o risco de entrar em colapso, especialmente se os Jogos aumentarem o número de casos. "Estamos tentando conseguir a equipe médica necessária, cerca de 10 mil pessoas, pedindo aos médicos e enfermeiras que trabalhem cinco dias por semana durante os Jogos", disse o ministro Seiko Hashimoto ao Parlamento.
Os organizadores também estão preocupados com duas questões. Qual a infraestrutura médica será necessária e como tratar "infecções por Covid-19" durante os Jogos, segundo Hashimoto.
O agravamento da pandemia em todo o mundo, inclusive no Japão, multiplicou as dúvidas sobre a manutenção do evento esportivo, que já foi adiado no ano passado devido à situação sanitária. Várias pesquisas recentes mostraram que a opinião pública japonesa está cada vez menos favorável a realização dos Jogos em julho e agosto.
O presidente da Associação Médica Japonesa, Toshio Nakagawa, alertou na semana passada para os riscos de receber espectadores estrangeiros. Nas atuais circunstâncias, seria "impossível" dar-lhes atenção médica em um hospital se o resultado do teste fosse positivo para Covid-19, advertiu em entrevista coletiva.
Espera-se que cerca de 11 mil atletas de todo o mundo participem dos Jogos Olímpicos. Recentemente, os organizadores mencionaram a possibilidade de organizar o evento sem público.
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