O Instituto Viva Vida/Cetaf, de Vila Velha, está preparando os trâmites para se candidatar a uma vaga na Liga de Desenvolvimento do Basquete (LDB) em 2023. A competição é uma espécie de "torneio de aspirantes", onde os grandes clubes que jogam o Novo Basquete Brasil (NBB) enviam seus jogadores jovens para participarem de um nível competitivo maior do que as competições de base.
A entrada na LDB marcaria o retorno do basquete capixaba ao cenário nacional nas competições organizadas pela Liga, algo que acontecia há algum tempo. O projeto começou após o título da Classificatória B do Campeonato Brasileiro Sub-19. O clube já sinalizou o desejo de participar da competição, e está aguardado a abertura das inscrições enquanto corre atrás de recursos para custear as despesas necessárias.
A reportagem de A Gazeta entrevistou um dos diretores do Instituto Viva Vida/Cetaf, Felipe Azevedo Filho, que nos contou um pouco sobre o processo de candidatura para entrar na competição e comentou sobre a importância de dar mais esse passo para o basquete capixaba
Não está confirmada porque as inscrições ainda não abriram. Nós já sinalizamos a intenção de participar da competição, por sermos membros do Comitê de Clubes, temos direito a jogar. A janela de inscrição abre em abril, vou para a sede da liga para marcar presença e avançar na captação de patrocinadores.
Estamos nos preparando primeiro para a disputa do Brasileiro Sub-19 e depois vamos voltar o foco para a LDB, que tem início previsto para julho. A nossa ideia é honrar essa geração capixaba e trazer também alguns jogadores mais velhos, para dar mais experiência ao elenco. É uma geração muito talentosa e nossa intenção é ir aproximando eles cada vez mais do profissional.
Nosso treinador é o João Victor, que é um cara muito respeitado nacionalmente. Foi assistente técnico na época do NBB, tem rodagem, já dirigiu equipes adultas e seleções estaduais. Também temos um corpo técnico muito legal, com cinco treinadores além de mim e do meu pai (Luiz Felipe Azevedo), ou seja, sete pessoas especializadas no basquete.
Os critérios de avaliação para entrar na LDB são variados, e passam pela capacidade do time, pela capacidade técnica e operacional do clube, é uma análise técnica e estratégica que visa a qualidade do campeonato. Não é por ordem de chegada.
Nosso projeto é de médio-longo prazo, entrando com alguns reforços, mas mantendo uma base sub-19 e que daqui a dois anos a gente tem essa geração capixaba, que é a melhor geração daqui em bastante tempo, tendo idade pra jogar na liga e sendo competitiva, quem sabe brigando por título.
De uns tempos pra cá tiveram algumas iniciativas bem interessantes, como a Copa Espírito Santo de Basquete e a Liga Espírito Santo também. Inclusive, um dos segredos da nossa vitória no Brasileiro Sub-19 foi que o time jogou esses campeonatos adultos, fator esse que deu uma condição melhor para performarem bem. A Federação, junto das ligas, tem feito um bom trabalho nesse sentido, unindo forças e ajustando o calendário para não gerar conflitos, o que tem sido fundamental.
O trabalho de captação é constante, assim como é feito nas outras competições. É sim um salto, o custo de uma disputa local é um, e o da LDB é maior, então é uma escada. Se a gente quer ver o Espírito Santo representado no esporte tem que ir aumentando os investimentos. Temos empresas grandes que abraçam o esporte local e a gente conta com isso para tornar o projeto cada vez mais viável e forte.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta